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Dilma mantém veto a deputados do PMDB

Presidente promete apoio do PT em seis Estados nas eleições, mas insiste em indicar senadores para ministérios

Ontem, petista se reuniu em separado com congressistas da sigla aliada para tentar debelar crise

DE BRASÍLIA

Em mais uma rodada de negociações para tentar estancar a crise com o PMDB, a presidente Dilma Rousseff fez acenos ao partido, mas mostrou-se irredutível em sua decisão de não indicar para seus ministérios nomes sugeridos pela bancada do partido na Câmara, que concentra os principais focos de rebelião.

A presidente insiste em nomear senadores do PMDB para vagas hoje da cota dos deputados, como o Ministério do Turismo, numa estratégia para isolar o líder Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e rachar o partido, que ameaça criar dificuldades ao governo no Congresso, como aprovar a convocação de ministros.

Na Câmara, por exemplo, 21 requerimentos de convocação de ministros esperam para ser analisados nas comissões da Casa. A maioria deles se refere ao ministro Arthur Chioro (Saúde), alvo de sete requerimentos cobrando explicações sobre o programa Mais Médicos.

Em reuniões ontem, Dilma recebeu separadamente lideranças do PMDB no Senado e na Câmara, e disse que o PT vai apoiar o aliado em seis Estados onde teria candidatos a governador: Maranhão, Paraíba, Alagoas, Tocantins, Rondônia e Goiás.

São Estados com menor densidade de voto, mas a decisão agrada fiéis aliados --como os senadores Renan Calheiros (PMDB-AL) e José Sarney (PMDB-MA).

Apesar do aceno, o PT não sinalizou disposição em abrir mão de candidaturas no Rio de Janeiro e no Ceará, onde as duas siglas disputam o palanque de Dilma. A expectativa no PMDB é que as duas siglas estejam coligadas em cerca de 12 Estados.

Agora, a cúpula peemedebista do partido espera a volta da presidente, do Chile, depois de amanhã, para reiniciar as negociações. Ontem, ela disse que precisava do apoio para as indicações dos senadores Eunício Oliveira (PMDB-CE) para o Ministério da Integração e Vital do Rêgo (PMDB-PB) para o Turismo.

ALA INSATISFEITA

Aos senadores, reiterou a disposição em manter a aliança. Aos deputados, deixou clara a disposição em isolar Cunha --o que irritou a bancada e o presidente da Casa, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN).

Numa resposta à estratégia do Planalto, deputados do PMDB devem aprovar hoje uma moção de apoio ao líder. Cunha se tornou porta-voz da ala insatisfeita do partido.

"Ninguém pode isolar. E não me verbalizo. Tenho posição de bancada. Na política não se pode agir com o fígado. Não somos obrigados a nos gostarmos, mas a nos respeitarmos", disse Cunha.

A presidente ouviu do PMDB que a crise foi ampliada pela solução apresentada por ela de indicar Eunício para a Integração. O senador reitera que não vai aceitar o convite e mantém sua candidatura ao governo do Ceará.

"Eu já defini essa posição. Vou me colocar ao meu partido para o governo do meu Estado", disse o senador. Ele negou que tenha recebido um novo convite para ministério.

A alternativa foi lançada por Dilma para resolver o impasse na montagem de alianças no Ceará. Primeiro colocado nas pesquisas, Eunício insiste em sua candidatura contra o governador Cid Gomes (Pros), aliado do Planalto. Vital do Rêgo também avisou que não vai aceitar o convite para o Turismo.

Apesar da crise, o vice-presidente Michel Temer (PMDB) afirmou ontem no Rio Grande do Sul que a aliança com o PT para a reeleição está "garantida".


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