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Ribeirão

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Barretos vai carimbar adulto que for beber na Festa do Peão

Todos os maiores de 18 anos que quiserem consumir bebida alcoólica terão de receber a marca

PM, Ministério Público e Conselho Tutelar afirmam que medida não vai impedir que menores bebam durante o evento

VENCESLAU BORLINA FILHO DE RIBEIRÃO PRETO

A venda de bebidas alcoólicas dentro do espaço da Festa do Peão de Boiadeiro de Barretos será feita apenas para pessoas com mais de 18 anos identificadas com um carimbo no pulso.

A decisão, inédita no evento, é da Ambev, fabricante da cerveja Brahma e patrocinadora do evento, e tem apoio de Os Independentes, organizadores da festa, que começa hoje e vai até o dia 25.

A Polícia Militar, o Ministério Público e a direção do Conselho Tutelar locais criticaram a medida e afirmaram que o veto não impedirá o uso de bebidas por menores de 18 anos. Eles não participaram das discussões para a implantação da medida.

De acordo com o coronel da PM de Barretos, Luis Henrique Usai, a medida não é 100% eficiente e combater o consumo de menores de 18 anos é o mais difícil.

Segundo a Ambev, ao entrar na festa, o interessado em consumir bebida alcoólica terá que comprovar, com um documento (RG ou carteira de motorista), que é maior de 18 anos para receber o carimbo. Quem não concordar em ter a marca não vai poder consumir álcool, diz a Ambev.

Uma equipe com quatro pessoas será colocada em cada uma das três entradas do recinto para fazer o trabalho. Ao todo, a fiscalização contará com 16 pessoas que vão circular pelo espaço da festa. Nos dez dias de evento, são esperados 900 mil visitantes.

Quem não recebeu o carimbo e decidir beber depois que estiver no Parque do Peão terá de procurar um integrante dessa equipe para ser marcado com o selo para consumo.

'MANIPULAÇÃO'

Para o presidente do Conselho Tutelar de Barretos, Anderson Roberto de Jesus, o carimbo não é a garantia. "Eu fiz o teste do carimbo e consegui repassá-lo para o meu outro pulso. Não é seguro."

O promotor da Infância e da Juventude do município, Flávio Okamoto, afirmou que as pessoas podem usar da má-fé e manipular o carimbo.

O diretor de relações socioambientais da Ambev, Ricardo Rolim, afirmou que a medida é para garantir o máximo de segurança possível.

"Treinamos os vendedores, e o carimbo é feito com tinta especial de secagem rápida. Eles também vão impedir o consumo exagerado", disse.


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