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Ribeirão

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'Não sou secretário da Saúde', diz Dárcy sobre falta de remédios

Segundo a prefeita, ela não teve tempo de discutir o tema com o titular da pasta, Stenio Miranda

Além da falta de remédios, prefeitura enfrentou greve e cancelamento de exames de raio-X

CAMILA TURTELLI DE RIBEIRÃO PRETO

A prefeita de Ribeirão Preto, Dárcy Vera (PSD), se esquivou ontem de comentar a falta de medicamentos de uso contínuo nas UBDSs (Unidades Básicas Distritais de Saúde) da cidade, intensificada nesta semana.

"Não sou o secretário da Saúde", disse a prefeita em seu gabinete ao ser questionada pela Folha sobre o problema na cidade.

A afirmação foi feita durante a assinatura do convênio do projeto Viva Leite, na presença do secretário de Estado do Desenvolvimento Social, Rogério Hamam, no Palácio Rio Branco.

"Não tive tempo de me reunir com o Stenio [titular da pasta] e de me inteirar sobre essa situação ainda", afirmou a prefeita à reportagem.

Segundo Dárcy, naquele momento ela iria falar apenas sobre os projetos Viva Leite e Bom Prato --outro assunto tratado com Hamam durante o encontro.

PARALISAÇÃO

Apesar da negativa em responder sobre a falta de remédios para doenças como hipertensão e diabetes, Dárcy comentou a greve dos servidores municipais da saúde, iniciada na última segunda.

Disse que foi ela quem pediu o adiantamento da reunião conciliatória com o Sindicato dos Servidores, realizada ontem à tarde (leia texto nesta página).

A prefeita afirmou que conversou na tarde de anteontem com o secretário da Saúde, Stenio Miranda, dia em que o Sindicato dos Servidores fez a denúncia sobre a falta de remédios na rede, e decidiu antecipar a negociação.

"Não podemos acatar as 30 horas [de jornada semanal] por causa da LRF [Lei de Responsabilidade Fiscal]", afirmou a prefeita.

Servidores da saúde de nível técnico -- auxiliares e técnicos de enfermagem, de higiene dental e farmacêuticos-- começaram a greve na segunda exigindo a adoção imediata da carga horária de 30 horas semanais, prometida pela administração.

Atualmente, as categorias trabalham em regime de 36 horas semanais.

A adoção da nova jornada implicaria na contratação de 240 novos funcionários pelo município, de acordo com o secretário da Saúde. Isso, ainda conforme a administração, representaria um gasto de R$ 900 mil extras por mês, ou 1,4% do Orçamento.

A gestão de Dárcy Vera enfrenta uma série de problemas na saúde. Anteontem, a prefeitura confirmou a falta de medicamentos na rede.

A administração alegou que o problema ocorre devido à lentidão para concluir licitações e ao não cumprimento de prazos por fornecedores. Na terça, a empresa que faz exames de raios-X na rede parou o serviço alegando falta de pagamento.


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