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'App do Messi', WeChat mira líder WhatsApp

Propaganda do aplicativo na TV atrai curiosidade por ter Lionel Messi como protagonista; oferta de funções é ponto forte

Versão em português do app, que está entre os mais baixados, tem problemas de tradução e de acabamento

YURI GONZAGA DE SÃO PAULO

Com um comercial que começou a ser veiculado no horário nobre das redes Globo, Record e SBT há cerca de um mês, o app de mensagens WeChat está chamando a atenção: desde então figura entre os cinco mais baixados no país para Android e para iOS.

"A campanha gerou muito interesse, até mesmo de pessoas que não têm smartphone. Agora, elas sabem que existe uma alternativa [aos torpedos SMS]", diz Thomas Prufer, responsável pela operação local do WeChat, que pertence à chinesa Tencent Holdings.

Prufer diz que o objetivo dessa estratégia agressiva (estima-se que 30 segundos no intervalo da novela das nove custem R$ 500 mil), é chegar ao topo do segmento, atualmente liderado pelo WhatsApp, dos EUA.

Há 230 milhões de usuários do WeChat na China e outros 70 milhões no resto do mundo, totalizando o mesmo montante global recentemente anunciado pelo WhatsApp, de 300 milhões.

Segundo Prufer, o app, gratuito, ainda não dá retorno financeiro à empresa. "No momento, estamos focando em conquistar o usuário. Esse movimento leva tempo. A monetização pode vir depois, por meio de jogos e de contas oficiais [patrocinadas]."

"Queríamos Messi para mostrar a utilidade do app de maneira autêntica", disse à Folha por e-mail Poshu Yeung, gerente de negócios internacionais da Tencent. "Como ele acabou de ter um filho, pensamos que isso humanizaria bastante as peças."

A ideia a ser transmitida, segundo Yeung, é: "Se o Messi usa, deve haver algo nele."

No anúncio, o jogador faz seu filho parar de chorar por meio de uma chamada em vídeo --uma das funções de que o aplicativo dispõe e que não está em todos os rivais.

O oferecimento do maior número de ferramentas possível, aliás, parece ser a principal bandeira no desenvolvimento do aplicativo.

Além das mensagens em texto, voz e vídeo, há um divertido "modo walkie-talkie" e opções para conhecer novas pessoas, por meio de salas de bate papo regionais e da função que permite ver usuários que estão por perto (e que também habilitaram a opção de ficarem visíveis).

Uma ferramenta útil de verdade é a interface para desktop, que permite trocar mensagens também usando o navegador de internet --também presente em rivais como Line e, mais recentemente, Viber e KakaoTalk.

No geral, o aplicativo é um "tudo em um" dos mensageiros, mas sua versão em português apresenta, ao menos por enquanto, lentidão, algumas falhas na tradução e problemas estéticos.

"Achei um pouco pesado", diz a usuária Ana Luiza Cecconi, que acabou voltando para o WhatsApp. "Também não gosto de adicionar gente além de meus contatos."

ÁSIA ATACA

Outro app de mensagens asiático em busca dos brasileiros, o coreano KakaoTalk chegou ao país em abril.

Segundo Maurílio Uemura Shintati, responsável pelo aplicativo no país, há 80 milhões de usuários globais, a maior parte na Coreia.

Shintati diz que, além de também oferecer um número de funções acima da média, o KakaoTalk diferencia-se por possuir uma plataforma de venda de apps, que pode atrair mais desenvolvedores.


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