São Paulo, domingo, 29 de dezembro de 2002

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CARTAS

Em matéria sobre programação da tarde, publicada no dia 15/ 12, o TV Folha se refere de forma simplista ao seriado "Malhação" como "novelinha que aborda o sexo entre adolescentes com incrível naturalidade."
Em primeiro lugar, segundo especialistas no assunto, sexo deve mesmo ser tratado com naturalidade.
Mas a história não é baseada nesse tema. As tramas têm como ponto básico o comportamento dos jovens e o relacionamento com suas famílias e a sociedade. Ignorar a sexualidade seria ignorar o universo do jovem.
No ar desde 1995, o programa sempre desenvolveu ações de merchandising social. Mas essas ações se intensificaram em outubro de 1999, quando o programa assumiu formato semelhante ao da telenovela. Os personagens também cresceram e amadureceram. Ao abordar temas ligados à realidade dos adolescentes, o programa passou a oferecer excelentes espaços para os temas sociais. Essas questões são inseridas dentro de um contexto lúdico e espontâneo em que sobressaem as relações amorosas vividas pelos personagens.
De abril de 1995 a dezembro de 2001, registraram-se 1336 inserções de merchandising social em "Malhação", tratando, principalmente, de sexualidade; igualdade de direitos entre mulheres e homens; prevenção da violência contra crianças e adolescentes; direitos da pessoas com deficiência, formação profissional dos jovens; inserção no mercado de trabalho; preconceito racial; problemas no sistema de ensino; temor e ansiedade em relação à primeira transa; prevenção às DST/aids; assédio sexual; razões do uso ou não de anticoncepcionais; aborto; responsabilidade masculina na concepção e/ou na anticoncepção; primeira menstruação e tensão pré-menstrual; opção sexual; relacionamento sexual entre portadores de HIV; abuso de drogas e alcoolismo; campanhas de direção consciente; Natal sem fome; síndrome do pânico; abuso sexual; delegacia da mulher; crise energética.
Também gostaria de ressaltar que toda a programação que muda de horário é reeditada para a nova faixa, caso das novelas reprisadas no "Vale a Pena Ver de Novo".
Luis Erlanger, diretor da Central Globo de Comunicação, Rio de Janeiro (RJ)


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