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Carro antigo tem restrições em seguradoras

Cobertura anual completa, que inclui indenização contra roubos e acidente, beira um terço do valor do automóvel

Empresas do setor justificam a aversão: faltam peças para esses modelos, e por isso eles viram alvo de ladrões

GUILHERME SILVEIRA COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Veículos novos e seminovos são bem aceitos pelas seguradoras. Cenário bem diferente do enfrentado por modelos mais antigos, com mais de dez anos de uso.

As companhias até oferecem planos de seguro completos para esse segmento, o que inclui cobertura em caso de batidas e roubo, mas geralmente o valor da apólice é proporcionalmente muito alto em relação ao preço do veículo.

Segundo corretores ouvidos pela Folha, o seguro de um carro desses pode beirar um terço do valor de mercado.

Por isso, Fábio Domingos, da corretora Sonntag, conta que dificilmente aparecem novos clientes em busca de cobertura para veículos com mais de 15 anos.

"O seguro anual de um VW Passat GTS Pointer 1988 pode sair por R$ 2.000, enquanto o preço do carro na tabela é de R$ 5.900", exemplifica.

Segundo Marcelo Sebastião, diretor da Porto Seguro, quando o automóvel passa dos 25 anos, a cobertura completa aumenta muito de preço e se torna inviável. "Vale tentar fazer ao menos um plano que cubra danos a terceiros", orienta Sebastião.

Serviços como assistência 24h, guincho e rastreamento via satélite também podem ser inclusos no pacote.

A repulsa da maioria das seguradoras aos "velhinhos" tem explicação. "Se o carro sofre um acidente ou é roubado e depois achado depenado, é complicado achar peças novas para reposição", diz Anderson da Silva, gerente do grupo BBMapfre.

Esse fator está ligado à não obrigatoriedade das montadoras em fornecer componentes de reposição após dez anos do fim da produção do veículo. Na prática, é a falta dessas peças que fomenta o furto de carros "idosos".

RARIDADES

Mesmo donos de veículos antigos em excelente estado de conservação --e que costumam circular muito pouco-- têm dificuldade de obter sucesso nas seguradoras.

Uma das poucas corretoras especializadas nesse segmento é a Harper Seguros. Guilherme Villela, um dos sócios da empresa, conta que o produto surgiu por conta do pedido de amigos, integrantes do Clube de Dodge.

O plano mais procurado, segundo Villela, é o de R$ 669 anual, que inclui cobertura de até R$ 200 mil para danos materiais e corporais.

"Quando formarmos uma base maior de clientes, tentaremos criar um plano que inclua cobertura contra roubo. Complicado vai ser avaliar cada carro. Será quase como cotar uma obra de arte." O seguro de um clássico como um Dodge Charger R/T dos anos 70, que, em bom estado, vale mais de R$ 80 mil, poderia beirar os R$ 8.000.


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