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Estudo sugere que ricos dirigem de forma diferente

Motoristas de carros de luxo nos EUA costumam ser menos cordiais no trânsito, alega Universidade da Califórnia

BENJAMIN PRESTON DO "NEW YORK TIMES"

Piadas sobre a descortesia de pessoas que guiam BMWs são bastante comuns nos EUA. As anedotas costumam girar em torno do descompasso entre a qualidade do carro e a rudeza de quem o dirige.

Agora, existem pesquisas científicas que oferecem sustentação à teoria.

Paul Piff, pesquisador da Universidade da Califórnia, conduziu um estudo sobre a conexão entre riqueza e maus hábitos ao volante.

Na Califórnia, onde o estudo foi realizado, a lei estadual requer que motoristas parem nos cruzamentos quando há pedestres presentes, permitindo que eles atravessem com segurança.

Piff disse que sua equipe selecionou um cruzamento específico para observar, posicionando um pedestre no meio-fio quando um carro se aproximava.

FURA-FILA

Quando o pedestre pisava na rua, um pesquisador anotava a reação do motorista --o teste foi repetido 152 vezes.

A equipe também observou um cruzamento quádruplo durante um fim de semana, anotando o número de vezes em que motoristas atravessavam fora da vez [pelas leis de tráfego dos EUA, os carros devem atravessar um por vez em cada sentido nos cruzamentos não preferenciais].

Dos 274 carros observados, pesquisadores constataram que era mais provável que os motoristas dos veículos mais caros pulassem a vez.

Além de descrever o comportamento em ambos os locais, o pesquisador indicava o sexo e idade do condutor, além do ano de produção e a aparência do carro. O número "1" indicava um carro velho, mal cuidado e de baixo valor, e o número "5" mostrava modelos caros de montadoras como Audi, BMW, Porsche e Mercedes.

Piff disse que cerca de 80% dos motoristas faziam a coisa certa. "Mas havia grandes saltos na probabilidade de o condutor cometer infrações no caso dos automóveis mais caros", disse.

No cruzamento de pedestres, nenhum dos veículos mais baratos cruzou a rua sem parar.

O estudo também constatou que motoristas homens paravam menos que as mulheres para permitir a passagens de pedestres, e que condutores de ambos os sexos mostravam maior probabilidade de permitir a travessia de uma mulher que a de um homem.

"Uma das tendências mais significativas era que os carros caros mostravam menor probabilidade de parar", disse Piff, acrescentando que "os motoristas de BMW eram os menos generosos".

PRIUS

Na região da baía de San Francisco, onde o híbrido Toyota Prius é considerado símbolo de status entre as pessoas com consciência ambiental, os pesquisadores classificaram o hatch como um dos modelos de luxo.

"Na nossa categoria de veículos de status mais alto, os motoristas de Prius tinham maior probabilidade de cometer infrações do que os de outros carros", apontou Piff.


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