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Copa
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História

1938França

Classificação
Itália
Hungria
Brasil
Suécia
Artilheiros
7 gols Leônidas da Silva (Brasil)
6 gols Gyula Zsengeller (Hungria)
5 gols Silvio Piola (Itália), Gyorgy Sarosi (Hungria)
Ver todos os jogos
Reprodução
Lance da semifinal entre Brasil e Itália, que seria bicampeã
Lance da semifinal entre Brasil e Itália, que seria bicampeã

Na Copa do Mundo de clima mais tenso da história, ataques pelos flancos, petardos e canhões disparados em campo já prenunciavam a guerra que eclodiria um ano depois e desvastaria a Europa. Mesmo nas batalhas futebolísticas, em que apesar do linguajar bélico o objetivo em princípio é o congraçamento, o que se viu na França em 1938 não foi exatamente amistoso. A Alemanha nazista havia anexado a Áustria e impediu o país de participar do torneio, que ficou com apenas 15 times. A Itália, mais uma vez apoiada por Mussolini, saiu bicampeã mundial, mas foi vaiada pelo público francês, contra o fascismo. Do time que havia conquistado o título quatro anos antes, restavam o técnico Vittorio Pozzo - único treinador bicampeão até hoje - e mais quatro jogadores, entre eles os craques Giuseppe Meazza e Giovanni Ferrari, que se juntaram ao goleador Silvio Piola. Apesar de ter caminho facilitado com a ausência da Espanha, que ficou de fora devido a sua guerra civil, a Azzurra fez por merecer a conquista do campeonato e teve campanha consistente. Diante de cerca de 60 mil pessoas, eliminou os anfitriões franceses nas quartas de final, por 3 a 1. Depois, passou pelo Brasil, sensação do torneio, em partida emocionate nas semifinais, por 2 a 1. Na decisão, a equipe italiana não teve dificuldade para fazer 4 a 2 na Hungria.

Brasil

Depois dos fracassos em 1930 e 1934 - e pela primeira vez sem brigas internas - , o Brasil conseguiu enviar à França o que tinha de melhor. O técnico Adhemar Pimenta montou um ótimo time, comandado pelo gênio Leônidas da Silva, artilheiro da Copa com sete gols. Logo na estréia, o time venceu um jogo épico contra a Polônia, na prorrogação, por 6 a 5, após empate por 4 a 4 no tempo normal. Neste jogo, o Brasil usou pela primeira vez camisas azuis, já que o rival usava camisas brancas. O atacante polonês Ernst Wilimowski fez quatro gols na partida. Leônidas, por sua vez, marcou três, um deles de pés descalços - o campo havia virado um lamaçal com a chuva. Em seguida, o Brasil enfrentou a Tchecoslováquia, em jogo que ficou conhecido como "Batalha Campal": a partida terminou com 1 a 1 no placar, três jogadores expulsos e dois tchecos com ossos quebrados. No jogo extra, o Brasil venceu por 2 a 1 e avançou às semifinais. Contra a Itália, Leônidas ficou de fora. O motivo de sua ausência é motivo de discussão até hoje. Alguns dizem que Pimenta quis poupá-lo para uma eventual final, enquanto outros afirmam que estava machucado. O fato é que a seleção perdeu por 2 a 1, depois de Domingos da Guia ter feito pênalti infantil - o que gerou o termo "domingada". Apesar da derrota, o Brasil enfim mostrou bom futebol em uma Copa.

Curiosidades

  • O jogo Brasil 6 x 5 Polônia marcou a primeira transmissão internacional de rádio para o Brasil. A partida foi narrada por Gagliano Netto, da Radio Club do Brasil.
  • Na partida contra a França, a Itália se apresentou usando camisa, calção e meias negras, a cor do fascismo, já que não podia usar seu tradiconal azul, mesma cor dos franceses.
  • A Alemanha queria fazer propaganda nazista, mas acabou eliminada de cara. Hitler chegou a receber telegrama quando seu país fez 2 a 0 na Suíça, mas os rivais viraram para 4 a 2.
  • Como a Áustria estava classificada e não jogou por ter sido anexada pela Alemanha nazista, o jogo que que faria contra a Suécia ficou registrado como o único W.O. da história das Copas.
  • Apesar do clima beligerante, a Copa teve momentos engraçados. Quando bateu pênalti na vitória por 2 a 1 sobre o Brasil, o italiano Meazza viu seu calção cair diante de todos.
  • Influenciado pelo fascismo, a "Gazzetta dello Sport" estampou o seguinte texto após a vitória sobre o Brasil: "Saudamos o triunfo da inteligência italiana sobre a força bruta dos negros".
  • Antes da final, os italianos receberam telegrama enfático de Mussolini: "É vencer ou morrer". Ao final do jogo, Szabo, goleiro húngaro, teve boa desculpa: "Salvamos a vida de 11 homens".
 
Multimídia

Galeria

 


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