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A zona leste de São Paulo
não seria a mesma sem o Hospital Santa Marcelina, em
Itaquera. A cargo da Congregação das Marcelinas,
surgida em Milão (Itália) em 1837, o hospital
tem 87% do seu atendimento dedicado ao Sistema Único
de Saúde (SUS). Além de atendimento em diversas
áreas de saúde, o hospital mantém aberto
à comunidade um centro educacional para jovens e crianças.
“Assim como outros bairros
de periferia, a realidade de onde estamos localizados é
muito difícil. Para os funcionários do hospital,
mantemos uma creche para crianças de 0 a 6 anos, que
atende um percentual da comunidade também. O Centro
de Juventude foi aberto para atender crianças e adolescentes
de 7 a 14 anos, da comunidade em geral”, explica a irmã
Rosane Ghedin, diretora assistencial do hospital.
Segundo a irmã Rosane, os jovens
recebem no centro, que fica no complexo do hospital, aulas
de reforço escolar, cursos de computação,
artesanato, marcenaria e dança. É pré-requisito
básico para participar das atividades oferecidas estar
matriculado regularmente na escola. “Nosso objetivo
é dar complementação escolar e quem sabe
ajudá-los a entrar no mercado de trabalho no futuro,
com os cursos que oferecemos”, conta.
Como está dentro de um hospital,
os jovens também recebem atendimento médico
e dentário. Já que conta com recursos federais
para sobreviver, que nem sempre são suficientes para
o funcionamento, o Santa Marcelina conta com o apoio da iniciativa
privada e da comunidade. “Nas principais crises pelas
quais passamos, a movimentação dos moradores
das redondezas nos ajudou a viabilizar recursos para o hospital
não fechar”, disse a irmã.
Uma maneira encontrada pelo hospital
para ajudar na sua subsistência foi implementar o Projeto
Adote um Leito. Segundo a irmã Rosane, 36 leitos já
foram adotados por empresas e cerca de 900 pessoas físicas
contribuem de alguma forma. Empresas como o Grupo Votarantim,
Bradesco, Itaú, Associação para Crianças
e Adolescentes com Tumor Cerebral – Tucca, Aster e Baumer,
entre outras.
Organizações como o
Doutores da Alegria, Associação Viva e Deixe
Viver, Toque Voluntário, Alegria de Criança
e Pastoral da Saúde realizam seus trabalhos dentro
do hospital, para ajudar no processo de humanização
dos pacientes, das famílias e dos funcionários
do hospital.
Atualmente o Santa Marcelina de Itaquera
tem 750 leitos para atendimento particular, de convênios
e do SUS. Para se ter uma noção do tamanho do
hospital, todos os dias passam por ali, entre pacientes, funcionários
e prestadores de serviços, cerca de 10 mil pessoas.
As
informações são do site Aprendiz.
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