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COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Até os anos 60, a brincadeira era um laçar a pipa do
outro. O mais rápido ganhava a linha e a pipa, conta Silvio Voce, campeão na arte
de confeccioná-las.
Ao empiná-la, a criança
está "voando com os pés no
chão", descreve Silvio, autor da série "Brincando com
Pipas" (editora Global).
Ele conta que as pipas
orientais têm mais de 2.000
anos; que as chinesas foram
usadas como objetos sagrados e para espionagem
de guerra; e que, no Japão,
elas transmitem sorte.
O palhaço Clerouak, 42,
destaca as finalidades: "A
raia não usa cortante porque o objetivo é entrar numa espécie de tubo e subir".
A pipa serve para cortar.
"Mas, se tem muita rabiola,
não será rápida: tem de colocar menos no início e
mais no fim", ensina. E a
barraca é para brincar em
grupo.
As diferenças das brincadeiras com pipas estão em
usar ou não cerol para cortar nas manobras -a barraca, por exemplo, não desbica, vai para o alto e fica lá.
E também, diz Clerouak,
no gosto pela observação
desses objetos, que dão
"uma sensação de infinito".
Ele adorava olhar a pipa no
céu no tempo de menino.
Renata Meirelles, 37, que
está finalizando um documentário sobre pipas, lembra outra diferença: a forma
de montá-las, com maior ou
menor envergadura.
"Depende de quanto o
construtor entorta a vareta,
o que provoca maior ou menor velocidade no vôo."
(MRC)
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