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Fora da redoma
Poder brincar livremente
por ruas, quadras e parquinhos dos condomínios é
uma delícia. Geralmente,
não tem ladrão, assalto, barulho nem trânsito.
Mas, e depois, quando você crescer e precisar "enfrentar" as ruas?
A psicóloga Eda Terezinha de Oliveira Tassara,
professora do Instituto de
Psicologia da USP, diz que é
preciso contar com o apoio
dos pais -e até da escola-
nesse momento de transição. "Nesses espaços, é possível ter liberdade. Mas essa
liberdade não existe lá fora."
Ela explica que, nos condomínios, as crianças são
criadas em espaços com características irreais, que não
serão reproduzíveis fora deles. "A menos que cresçam e
depois vivam dentro de carros blindados", afirma.
Já Silvia Gasparian Colello, da Faculdade de Educação da USP, diz que viver em
condomínio não representa, necessariamente, um
distanciamento do mundo.
"Ali, é possível vivenciar as
brincadeiras feitas antigamente nas praças ou ruas."
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