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Ciclo Mutações chega hoje à sexta edição Evento terá 48 debates, com temas como a percepção de tempo e a concepção do futuro na contemporaneidade Projeto, que acontece também no Rio, reúne pensadores do Brasil e da França; ingressos estão esgotados em SP COLABORAÇÃO PARA A FOLHAIdealizado e organizado pelo filósofo e jornalista Adauto Novaes desde 2007, o projeto Mutações inicia hoje a sua sexta edição, em SP. Com o tema "O Futuro que Não é Mais o que Era", o ciclo de palestras discutirá temas relacionados à percepção de tempo e ao conceito de futuro na contemporaneidade. O projeto se baseia no argumento de que, nos tempos atuais -batizados pelo sociólogo Zygmunt Bauman como "modernidade líquida"-, o conceito de presente é substituído pelo de imediato e a as ideias de longa duração dão lugar ao provisório. Durante os debates, pretende-se questionar os papéis do pensamento, da crítica e da filosofia nesse mundo contemporâneo transmutado. O ciclo acontecerá até 11 de outubro em São Paulo, no Sesc Vila Mariana, e, paralelamente, na Academia Brasileira de Letras, no Rio. Ao todo, reunirá 24 conferencistas, brasileiros e franceses, que participarão de 48 encontros. São filósofos, sociólogos, psicanalistas, poetas e representantes de diversos campos do pensamento. Dentre os palestrantes brasileiros destacam-se Sergio Paulo Rouanet, Franklin Leopoldo e Silva, Maria Rita Kehl e o colunista da Folha Vladimir Safatle. Os franceses incluem Eugène Enriquez, Francis Wolff e Michel Deguy. Segundo Novaes, "o projeto busca analisar as constantes mutações do mundo contemporâneo". Para o organizador, a revolução tecnocientífica influencia diversos ramos do pensamento, como a linguagem, a ética, a moral e a política. Dessa forma, é imprescindível que se conte com pensadores de áreas de atuação que, à primeira vista, parecem não se relacionar. A conferência que encerra o ciclo, por exemplo, será ministrada pelo físico Luiz Alberto Oliveira. Com base na revolução gerada pelas teorias da relatividade de Einstein (1879-1955), ele fará uma crítica à concepção comum do tempo. Segundo o curador, compreender as mudanças e revoluções em todos os campos é essencial para ter a percepção correta do que somos e para onde estamos indo. "Nietzsche disse que os maiores acontecimentos e pensamentos são aqueles que mais tardiamente são compreendidos. O que nós pretendemos é antecipar a compreensão desses eventos grandiosos dos quais somos contemporâneos." A conferência inaugural, às 19h30 de hoje, no Sesc Vila Mariana, fica a cargo de José Miguel Wisnik. Com o tema "(Des)construção do Futuro" a palestra tratará do papel do pensamento de Freud, Marx e Nietzsche na construção de novos paradigmas sobre o futuro. Em seguida, acontece o lançamento do livro "Mutações - Elogio à Preguiça", organizado por Novaes (ed. Sesc, 504 págs., R$ 58), que reúne o conteúdo de todas as palestras do ciclo de 2011.
MUTAÇÕES - O FUTURO QUE NÃO É MAIS O QUE ERA |
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