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Casas que apostam no estilo com shows e DJs reanimam a cena
Sampa Rock
DIEGO ASSIS
DA REDAÇÃO
No final dos anos 90, com o
crescimento da cultura clubber na
cidade, houve quem chamasse
São Paulo de "a capital mundial
do drum'n'bass". Ainda que o sucesso dos DJs Marky, Patife e cia.
esteja longe de evaporar, a verdade é que, aos poucos, os paulistanos vêm buscando novas opções
de lazer no circuito musical.
A domingueira Grind, da badalada casa GLS A Lôca, tem levado
cerca de mil pessoas, todas as semanas, para dançar ao som de
pop e rock alternativo, comandado pelo promoter e DJ André
Pomba, 38 anos. "Quando começamos, há quatro anos, tínhamos
uma média de 150 pessoas. Hoje
estamos conseguindo provar que
o domingo não é um dia morto",
comemora Pomba.
Por causa do aniversário de Madonna, a programação de agosto
da Grind dividirá espaço com mini-especiais semanais da diva do
pop. "Nosso lema é a diversidade
sexual e musical", diz o promoter.
Outra novidade é que o projeto,
que antes ia só até a meia-noite,
agora passa a contar com um after-hours que se estende até as 5h
da manhã de segunda.
Com menos tempo de vida, o
Juke Joint, de Flávio Vajman, 33,
também tem atraído um bom público para os seus projetos de indie rock, que acontecem de quinta a domingo.
Além de discotecagem, a casa
abre espaço para apresentações
de bandas do cenário independente, como os curitibanos do
Suite Minimal, que tocam lá hoje
à noite, logo após a matinê de música eletrônica underground Rebordose Eletrônica.
"Nosso foco é mais o rock alternativo, mas nada impede de abrir
cada vez mais o leque de opções.
Em São Paulo é complicado seguir uma linha só", opina Vajman, que, há pouco mais de um
ano, apostava todas as suas fichas
no blues tradicional. "Hoje sou
criticado pelos meus antigos amigos por ouvir [o nada ortodoxo"
Jon Spencer Blues Explosion."
Outras opções nessa praia incluem o bar Orbital, que tem
shows de rock todos os sábados,
na noite do DJ Tchello; o Rabo de
Saia, com os projetos de Alexandre Bispo (quintas) e Wagner
(domingos); e, finalmente, o Matrix, velho conhecido dos roqueiros da Vila Madalena.
Clássicos
E, por falar em tradicionalismo,
a cidade continua oferecendo
boas alternativas para os fãs de
"dinossauros do rock", como Led
Zeppelin, Rolling Stones, Deep
Purple, entre outros.
O bar e restaurante Little Darling, em Moema, promove às sextas e sábados um revival ao vivo
dos sucessos das décadas de 60 e
70. Um espetáculo à parte acontece toda vez que um cliente pede o
drink V-8 (R$ 7): enquanto a garçonete traz a bebida em uma bandeja pegando fogo, os músicos interrompem o show para executar
uma típica vinheta de rockabilly.
Aos domingos, a casa -que é
também rock'n'roll na decoração- funciona apenas para eventos fechados.
Uma boa pedida nesse dia, entretanto, é a nova domingueira do
Rock Hole, no Jardins, com show
da banda The Rockers, além de
uma jam session comandada por
Johnny Boy e que recebe hoje o
roqueiro Marcelo Nova. O projeto
semanal, que acontece à tarde,
conta ainda com uma exposição
do fã-clube de Raul Seixas.
Punks
Conhecido estabelecimento do
circuito punk/hardcore de São
Paulo, o Hangar 110 também
aposta nos finais de semana para
realizar festivais com bandas ao
vivo. Hoje, há o encerramento do
festival Las Senõritas, que leva ao
palco do Hangar, a partir das
17h30, as bandas de garotas Go
Hopey, Hats, Cristhalina, Under
Construction e Sly.
Para os roqueiros do ABC paulista, a Volkana, de São Bernardo
do Campo, realiza todos os domingos um festival de hardcore,
com as principais bandas do movimento. Lambrusco Kids e Wonderboys são as atrações de hoje,
na casa.
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