"As Fabulosas", "Super Pai" e "Paris 1900" são opções para clássicos e moderninhos

DA REDAÇÃO

Aonde levar o seu pai para fugir da mesmice dos tradicionais almoços de domingo? Alguns programas que acontecem hoje na Grande São Paulo, de shows e concertos a peças de teatro e exposições de arte, podem agradar tanto aos pais quanto aos filhos. Para quem não quiser arriscar, há bons concertos, que costumam agradar a pais clássicos com um gosto mais apurado. A Orquestra Experimental de Repertório, por exemplo, apresenta-se sob regência da maestrina Mara Campos, com repertório do compositor inglês Benjamin Britten.
Já a Orquestra de Câmara da Unesp ganha reforço da soprano norte-americana Martha Herr e do maestro Abel Rocha para mostrar o programa "Retratos da Música Moderna".
Pais clássicos devem gostar de um teatro igualmente acima de qualquer suspeita, testado e aprovado por diferentes épocas, críticos e artistas.
Dois textos de grandes autores recebem montagem atualmente em São Paulo. Há "Casa de Boneca", do norueguês Ibsen, em que uma mulher do século 19, sufocada pelas convenções de seu tempo, abandona papai e filhinhos para seguir pelas próprias pernas. A heroína Nora Helmer é vivida por Ana Paula Arósio.
"Major Bárbara", do irlandês Bernard Shaw, foi escrita em 1905. Bárbara, major do Exército da Salvação, vinculada a causas humanitárias, vê suas convicções abaladas pelo aparecimento do pai, Andrew, um fabricante de armas que fez fortuna graças às brigas dos homens.
Além disso, visitar a exposição "Paris 1900", que une parte da coleção do Petit Palais, de Paris, à do Masp, pode ser uma sugestão acertada. A mostra resgata a arte e a atmosfera da Paris da belle époque, com obras de Toulouse-Lautrec, Renoir, Cézanne, Rodin, entre outros, além de um módulo dedicado à atriz Sarah Bernhardt.
Menos convencional é a mostra "México Imaginário", que apresenta trabalhos em diversos suportes de artistas brasileiros como Claudio Tozzi, Tadeu Jungle e Jorge Mautner, ilustrando suas impressões sobre o México.
As apresentações dos músicos Lenine e Lulu Santos, que encerram temporada hoje em São Paulo, são diversão garantida para todas as idades, inclusive para os pais que queiram se inteirar do que vem sendo produzido na MPB contemporânea. (Se ele torcer o nariz, o jeito será levá-lo para o show do The Platters, que, apesar de não contar mais com a formação original desde 99, relembrará sucessos dos anos 50 como "Only You" e "Smoke Gets in Your Eyes", em show que acontece em São Caetano).
Outra pedida mais pop é a mostra do grupo Cemitério de Automóvies, de Mário Bortolotto. Sem esconder a influência das histórias em quadrinhos, do rock e do blues em suas montagens, Bortolotto apresenta hoje dois espetáculos: "O Herói Devolvido", sobre texto de Marcelo Mirisola, e "E Éramos Todos Thunderbirds", criado por ele mesmo.
Se o Cemitério de Automóveis funcionar, será só mais um passo para convencer o "paizão" a conhecer as obras do Festival Internacional da Linguagem Eletrônica, que está em cartaz no Paço das Artes, na USP, além de "Emoção Art.Ficial", mostra de web arte recém-inaugurada no Instituto Itaú Cultural.
Por fim, se a idéia for brindar a data com boas risadas, a comédia "Super Pai", com Tim Allen e Julie Bowen, conta a história de um homem que apanha de um colega de trabalho diante da filha e resolve provar para todos que não é tão pateta assim. E o melhor: quem for hoje acompanhado do pai para assistir ao filme, que está em cartaz desde a última sexta, paga apenas um ingresso.


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