São Paulo, domingo, 01 de agosto de 2004

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Diretor afirma que depôs contra Pellegrina por questões técnicas

DA REPORTAGEM LOCAL

César Gilli, ex-diretor de apoio administrativo do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo, disse que a engenheira Adriana Marcelino Carvalho é "altamente profissional". Ele acusou a presidente do órgão, Maria Aparecida Pellegrina, de ter agido de forma vingativa após os dois terem prestado depoimento ao Ministério Público Federal.
"Hoje a Adriana, que era diretora de engenharia do tribunal, carimba processos. Eu, que era o diretor do setor, cuido da distribuição de processos em Itapecerica da Serra", afirmou o ex-diretor.
Adriana e Gilli prestaram depoimento ao Ministério Público Federal na ação criminal proposta contra Pellegrina e contra outras nove pessoas por suposta compra irregular de móveis para o tribunal. O processo tramita no STJ (Superior Tribunal de Justiça), em Brasília.
Gilli afirmou que não faz oposição política à administração de Pellegrina.
"Se aconteceram divergências dentro do fórum trabalhista, essas divergências foram técnicas. Não há sentido falar em perseguição política", afirmou Gilli, que criticou o "desmonte" do setor de fiscalização da obra.
"Além de mim e de Adriana, há um ano e meio, foram afastados do setor outros sete ou oito profissionais. Todos tinham a mesma responsabilidade: fiscalizar a obra do fórum. Mas ela afastou todo mundo. Desmontou o setor."
Em 1998, Gilli foi o relator do processo administrativo que culminou com a formalização da denúncia contra o juiz aposentado Nicolau dos Santos Neto. O magistrado foi condenado a oito anos de detenção e hoje cumpre prisão domiciliar.
Procurada pela Folha, Adriana afirmou que prefere não se manifestar sobre as declarações de Pellegrina.


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