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Diretor afirma que depôs contra Pellegrina por questões técnicas
DA REPORTAGEM LOCAL
César Gilli, ex-diretor de apoio
administrativo do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo,
disse que a engenheira Adriana
Marcelino Carvalho é "altamente
profissional". Ele acusou a presidente do órgão, Maria Aparecida
Pellegrina, de ter agido de forma
vingativa após os dois terem prestado depoimento ao Ministério
Público Federal.
"Hoje a Adriana, que era diretora de engenharia do tribunal, carimba processos. Eu, que era o diretor do setor, cuido da distribuição de processos em Itapecerica
da Serra", afirmou o ex-diretor.
Adriana e Gilli prestaram depoimento ao Ministério Público
Federal na ação criminal proposta
contra Pellegrina e contra outras
nove pessoas por suposta compra
irregular de móveis para o tribunal. O processo tramita no STJ
(Superior Tribunal de Justiça), em
Brasília.
Gilli afirmou que não faz oposição política à administração de
Pellegrina.
"Se aconteceram divergências
dentro do fórum trabalhista, essas
divergências foram técnicas. Não
há sentido falar em perseguição
política", afirmou Gilli, que criticou o "desmonte" do setor de fiscalização da obra.
"Além de mim e de Adriana, há
um ano e meio, foram afastados
do setor outros sete ou oito profissionais. Todos tinham a mesma
responsabilidade: fiscalizar a obra
do fórum. Mas ela afastou todo
mundo. Desmontou o setor."
Em 1998, Gilli foi o relator do
processo administrativo que culminou com a formalização da denúncia contra o juiz aposentado
Nicolau dos Santos Neto. O magistrado foi condenado a oito
anos de detenção e hoje cumpre
prisão domiciliar.
Procurada pela Folha, Adriana
afirmou que prefere não se manifestar sobre as declarações de Pellegrina.
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