São Paulo, domingo, 01 de setembro de 2002

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"Pensamos que já íamos pousar"

DA AGÊNCIA FOLHA

Sobreviventes do acidente em Rio Branco disseram que não perceberam que o avião estava caindo. A tripulação também não teria avisado sobre a possível situação de emergência.
"O avião foi descendo. Pensamos que já ia pousar", disse Theodorico de Melo, 27.
Theodorico fraturou a clavícula esquerda e sofreu alguns cortes. Seu primo Racene Cameli, 36, sobrinho do ex-governador Orleir Cameli, sofreu escoriações e quebrou alguns dentes. "Depois que bate no chão, o avião sobe um pouco e depois desmorona tudo, acaba tudo", disse Melo.
Cameli afirmou que, quando conseguiu sair da fuselagem, correu, com medo de que o avião explodisse. "Corri uns 200 metros até uma casa. Quando cheguei lá, a mulher me viu todo ensanguentado e não quis abrir, com medo. Depois o marido dela chegou a cavalo e meu deu água."
Em seguida, Melo chegou à mesma casa. "Eu vi o Racene saindo de um buraco, então tentei me mexer e vi que dava. Tinha muita gente gritando apavorada." A maioria dos sobreviventes estava na parte de trás da aeronave.
Em razão do mau tempo, o aeroporto de Rio Branco permaneceu fechado ontem até o horário de conclusão desta edição.
Vôos nos quais estavam parentes das vítimas foram direcionados para Porto Velho (RO). "Nem de carro podemos seguir viagem, pois também chove muito no trajeto", disse Plácida Camely, 36, parente de um sobrevivente.


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