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ELEIÇÕES 2008 / ALIANÇAS
PT e PSDB vão disputar menos capitais
Petistas, que tinham 23 candidatos a prefeito nas capitais em 2004, agora devem concorrer ao Executivo em apenas 19
Assim como o PT, tucanos alegam fatores "regionais" para reduzir o número de candidatos de 13 na eleição municipal passada para 11
CÍNTIA ACAYABA
FELIPE BÄCHTOLD
DA AGÊNCIA FOLHA
Os dois partidos que polarizaram as disputas eleitorais
nos últimos anos no Brasil -PT
e PSDB- reduziram a quantidade de candidatos a prefeito
nas capitais em relação à disputa eleitoral de 2004.
Nas últimas eleições municipais, o PT lançou candidatos
em 23 capitais, enquanto neste
ano lançará em 19. Os tucanos
tiveram cabeça de chapa em 13
capitais quatro anos atrás, enquanto neste ano serão 11.
A redução do número de candidaturas foi provocada por
uma combinação de uma orientação nacional e de circunstâncias regionais, segundo o PT.
Os tucanos atribuem a quantidade menor de cabeças de
chapa a articulações independentes nos Estados.
Em três capitais, o PT deixou
de ter candidato próprio em favor do PSB. Também em três
capitais, o PSDB decidiu apoiar
candidatos do DEM (se confirmado o apoio em Palmas, TO).
Neste ano, o PSDB deixou de
lançar candidatos próprios em
Boa Vista (RR), Florianópolis
(SC), Fortaleza (CE), Manaus
(AM), Natal (RN) e Vitória
(ES), onde há quatros anos havia candidatos tucanos.
Em 2004, o PT tinha candidaturas próprias em Aracaju
(SE), Belo Horizonte (MG),
Cuiabá (MT), Goiânia (GO),
João Pessoa (PB) e São Luís
(MA), onde neste ano preferiu
apoiar outros partidos.
O presidente do PT, Ricardo
Berzoini, considera que, apesar
da especificidade de cada caso,
houve um esforço nacional para ceder mais espaço a partidos
aliados do governo Lula.
"Quando a tese de compor
[de renunciar a cabeça de chapa] venceu, é porque se avaliou
que era melhor para o PT. Melhor eleitoralmente, melhor
para ampliar a bancada de vereadores, melhor do ponto de
vista de pensar o futuro na candidatura de 2010", disse.
Segundo Berzoini, no entanto, houve resistência interna.
Em Goiânia, por exemplo,
onde o PT comandava a prefeitura até 2004, a ala a favor do
apoio ao ex-adversário Iris Rezende (PMDB) ganhou a convenção de delegados do partido
em disputa com um grupo pró-candidatura própria por um voto de diferença -116 a 115.
Já em João Pessoa, o PT, que
foi derrotado pelo PSB em
2004, aderiu ao governo municipal e optou por apoiar a reeleição de Ricardo Coutinho
(PSB), mesmo sem ter candidato a vice-prefeito.
"Lógica regional"
O secretário-geral do PSDB,
o deputado federal Rodrigo de
Castro (PSDB-MG), diz que
não existe uma "lógica nacional, mas lógicas regionais".
Castro, porém, diz que o partido procura "priorizar coligações em que há possibilidade de
encaminhamento no futuro".
Em Florianópolis, os tucanos
venceram as eleições em 2004,
mas ficaram sem candidato
após a saída do partido do prefeito Dário Berger (PMDB). O
PSDB vai apoiar o DEM.
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