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Relator se diz "insatisfeito" com a defesa de Paulinho
Conselho de Ética convocará 9 pessoas para depor no caso que apura fraude no BNDES
Ao depor na Justiça, coronel confirma que a expressão "chefe maior", que usou em telefonemas gravados pela PF, era menção a deputado
MARIA CLARA CABRAL
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O deputado Paulo Piau
(PMDB-MG), relator do processo contra Paulo Pereira da
Silva (PDT-SP) no Conselho de
Ética, disse que a defesa escrita
do pedetista não o satisfez.
Para dirimir as "diversas" dúvidas que ainda permanecem, o
relator quer ouvir nove pessoas
citadas no caso que investiga irregularidades no BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
Entre elas, estão Elza de Fátima Pereira, mulher de Paulinho e presidente da ONG Meu
Guri, o advogado Ricardo Tosto, ex-conselheiro administrativo do BNDES, o prefeito de
Praia Grande, Alberto Mourão
(PSDB), João Pedro de Moura,
ex-assessor de Paulinho, e o coronel reformado da Polícia Militar Wilson Consani Júnior.
Para Piau, o conteúdo da defesa escrita do deputado -com
ataques ao corregedor-geral da
Câmara, Inocêncio Oliveira
(PR-PE), à imprensa e ao
PSOL, partido do autor da representação contra Paulinho-
pode ser uma estratégia proposital da defesa. "Não estou satisfeito [com a defesa], muitas
dúvidas permanecem", disse.
O advogado do deputado,
Leônidas Scholz, disse que a linha da defesa é a de que não
existem provas e que o processo é baseado em recortes de jornais. O depoimento de Paulinho no conselho foi marcado
para a próxima terça.
Interrogatório
O coronel Consani foi interrogado ontem pelo juiz Marcio
Ferro Catapani, da 2ª Vara Federal Criminal de São Paulo. O
coronel confirmou que a expressão "chefe maior", que
usou em telefonemas interceptados pela PF, era referência ao
deputado Paulinho.
O coronel alegou que, no telefonema que deu a assessores
de Paulinho na noite anterior à
deflagração avisando sobre
uma ação policial, ele não se referia à Operação Santa Tereza.
A PF suspeita de vazamento de
informação. Segundo o coronel, ele fora contratado por
Paulinho para averiguar supostas ameaças contra uma filha
do congressista.
Depois do coronel, foi ouvido
o empresário Boris Timoner. O
processo corre em segredo de
Justiça.
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