|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
ELEIÇÕES 2008 / SÃO PAULO
Marta afirma que vitória de Alckmin tira Serra de 2010
Logo depois, a candidata petista disse ter sido um "equívoco" falar sobre os tucanos
O ex-governador rebateu: "Ela está com medo da parceria. (...) O que ela não quer é que eu esteja no segundo turno com ela"
RANIER BRAGON
EM SÃO PAULO
A candidata do PT à Prefeitura de São Paulo, Marta Suplicy,
afirmou ontem acreditar que
uma vitória do tucano Geraldo
Alckmin deixaria o governador
José Serra (PSDB) de fora da
disputa presidencial de 2010.
Ao mesmo tempo em que explorou a suposta disputa entre
Serra e Alckmin dentro do
PSDB, ela disse que vencer em
São Paulo é importante para
dar "força" ao sucessor de Luiz
Inácio Lula da Silva.
"Vamos dar uma força para o
governo federal danada. Por
que é importante ganhar aqui?
Porque vamos dar muita força
para a eleição de 2010. Todo
mundo sabe que, se ganhar o
Alckmin, o Serra não é candidato a presidente", disse em entrevista ao jornal "O Globo".
Logo em seguida, afirmou
que não deveria ter tocado no
assunto. "Foi um equívoco ter
me manifestado sobre isso, não
é pauta nossa."
Alckmin rebateu: "Ela está
com medo da parceria porque
já foi derrotada por essa parceria em 2004. Eu e o Serra já
vencemos as eleições. O que ela
não quer é que eu esteja no segundo turno com ela", disse.
Dois dos principais expoentes do PSDB atualmente, Alckmin e Serra travaram uma disputa de bastidores em 2006 em
torno da candidatura à Presidência. Na ocasião, Alckmin
saiu candidato ao Planalto; Serra, ao governo do Estado.
Neste ano, aliados do governador deram força à candidatura de Gilberto Kassab (DEM).
Alckmin se lançou contra a
vontade desses serristas.
Para alguns tucanos e petistas, a vitória de Alckmin agora
representaria um golpe em Serra e fortaleceria as pretensões
presidenciais do governador
Aécio Neves (PSDB-MG).
Ainda na entrevista ao "Globo", Marta classificou a situação de Alckmin e Kassab como
"péssima". "Vamos ver como
eles vão estar [no segundo turno], se vão estar se falando, ou
se estapeando, porque a situação hoje deles é péssima."
Kassab disse não ver vinculação entre a eleição municipal e
a presidencial.
Também ao "Globo", Marta
disse não ter constrangimento
de receber o apoio do presidente da Força Sindical, o deputado Paulo Pereira da Silva, investigado sob suspeita de recebimento de propina. "O Paulo
simboliza a Força Sindical, ela
simboliza o trabalhador, nós
estamos juntos."
Colaboraram FERNANDO BARROS DE MELLO e
ANA FLOR , da Reportagem Local
Texto Anterior: Janio de Freitas: Submundo Próximo Texto: Promessa: Kassab diz que, se eleito, não vai aumentar a tarifa de ônibus Índice
|