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Fome Zero pode ajudar superávit
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O Programa Fome Zero registrou mais de R$ 4,5 milhões de
doações, mas é possível que parte
do dinheiro engorde a economia
do governo destinada ao pagamento de juros da dívida pública.
Até o final de agosto, parte dos
programas bancados com o Fundo de Combate e Erradicação da
Pobreza, que recebe as doações,
ainda estava na estaca zero. Das
verbas destinadas ao fundo pela
lei orçamentária, menos de 41%
haviam sido gastas, faltando quatro meses para o fim do ano.
Esse é o caso de investimentos
em saneamento do Ministério das
Cidades, além de programas de
infra-estrutura em abastecimento
de água do Ministério da Integração Nacional e de despoluição de
rios do Ministério do Meio Ambiente. Outros projetos só tiveram
uma pequena parcela do dinheiro
liberado -como o que deveria levar energia a pequenas cidades.
O fundo banca alguns programas de transferência de renda aos
pobres, como o Bolsa-Escola, o
Programa de Erradicação do Trabalho Infantil e o Agente Jovem.
Eles consumiram a maior fatia
das verbas do fundo em 2003.
Dos R$ 4,9 bilhões destinados
originalmente ao Fundo de Erradicação e Combate à Pobreza pelo
Orçamento da União, já houve
um corte de R$ 645 milhões por
conta do ajuste fiscal. Até a última
sexta-feira de agosto, havia sido liberado R$ 1,9 bilhão.
(MS)
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