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Eleição em SP será "pau a pau", avalia vice de Marta
Candidata inicia campanha com Aldo na zona leste
RUBENS VALENTE
DA REPORTAGEM LOCAL
O deputado federal Aldo Rebelo (PC do B), candidato a vice-prefeito de São Paulo na
chapa de Marta Suplicy (PT),
previu uma disputa "pau a pau"
pela prefeitura, ao comentar a
última pesquisa Datafolha.
Sem bandeiras ou panfletos
(a campanha diz que aguarda
da Justiça Eleitoral a definição
de um número de CNPJ para
fazer os impressos), Marta e Aldo fizeram uma caminhada e
assistiram às 10h de ontem, primeiro dia de campanha prevista em lei, a uma missa campal
numa festa de rua em Ermelino
Matarazzo (zona leste). Estavam acompanhados do senador
Eduardo Suplicy (PT).
"A pesquisa indica uma eleição muito equilibrada, que será
muito disputada até o fim. Há
uma vantagem para as candidaturas mais conhecidas, que são
naturalmente [Marta e Alckmin]. Mas não se pode subestimar a possibilidade do terceiro
colocado. (...) Creio que é uma
eleição que será disputada pau
a pau", disse Aldo, em entrevista. A assessoria de Marta restringiu as perguntas da imprensa a apenas três.
A candidata fez um comentário protocolar sobre o Datafolha (38% contra 31% do segundo colocado, Geraldo Alckmin):
"Recebi a pesquisa com humildade, alegria e muita vontade
de trabalhar".
A missa, vista por cerca de
300 pessoas, foi celebrada pelo
padre Antônio Marchioni, o Ticão, que é próximo do candidato Alckmin e anualmente distribui o prêmio de direitos humanos Mario Covas.
Marta circulou durante uma
hora e meia entre as barracas
da Festa das Nações. Tomou
um caldo verde e comeu pães
em "Portugal", bebeu "piña colada" no "Uruguai" e ajudou a
fritar lingüiças no "Brasil".
Comprou uma boneca de pano por R$ 20 (pagos por um assessor) e a rifa de um carro por
R$ 6, cujo bilhete doou em seguida para os vendedores. Na
última hora, desmarcou almoço no "Brasil", alegando ter perdido o apetite após pães e caldo.
Maria Vitória Domingues, 61,
responsável pela barraca portuguesa, pediu a Marta, sem sucesso, uma doação de R$ 1.000.
Segundo ela, os 150 kg de bacalhau que seriam consumidos na
festa custaram R$ 4.000, mas
só foram arrecadados R$ 3.000.
Indagada pelos jornalistas em
quem votou na última eleição,
Vitória barganhou: "Eu não voto, mas arrumo quem vota".
Marta foi abordada na rua
pela copeira Carmen Maria
Correa da Silva, 61, que procura
emprego, segundo ela, há mais
de seis meses. Ao falar com
Marta, Carmen chorou. A copeira depois disse que a candidata nada prometeu, apenas
comentou que a situação era
"mesmo difícil".
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