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PROTESTO ROUCO
Figura do presidente deve ser preservada das manifestações; crítica à Alca será um dos alvos dos protestos
Lula deve ser poupado no Grito dos Excluídos
DAS REGIONAIS
A oitava edição do Grito dos
Excluídos, que acontece hoje em
várias partes do país, deve ser
marcada pelo tom ameno nos
protestos e, ao contrário dos anos
anteriores, não deve ter a figura
do presidente como principal alvo de ataques e críticas.
O motivo para a mudança de
atitude é que esta será a primeira
manifestação durante o governo
do presidente Luiz Inácio Lula da
Silva, que tem a empatia da maioria dos que protestam.
Desde a primeira edição, o PT
sempre teve participação ativa
nas manifestações, embora a
CNBB (Conferência Nacional dos
Bispos do Brasil) insista em afirmar que o Grito dos Excluídos é
um evento apartidário.
Em 1998, ano da campanhas
eleitoral, o ato foi marcado por
atividades de apoio a Lula que, na
época, disputava a Presidência,
mas acabou perdendo para Fernando Henrique Cardoso.
A versão é confirmada pelo bispo Demétrio Valentini, representante da CNBB na coordenação
do evento. Embora tenha relutado, no início, em concordar com a
idéia de "tom ameno", já que, segundo ele, as reivindicações são as
mesmas, o bispo admitiu que "a
tendência é que a figura do presidente seja mais respeitada".
Ele fez questão de enfatizar, no
entanto, que as manifestações
contra o governo que aconteceram nos anos anteriores foram espontâneas. "Não é esse o objetivo
do evento: atacar o governo e os
governantes. Mas não podemos
coibir a liberdade de expressão."
A subsede da CUT no Vale do
Paraíba só decidiu anteontem,
por orientação da direção estadual, enviar um grupo de sindicalistas a Aparecida, segundo o
coordenador regional Odnir da
Silva, 50.
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