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OUTRO LADO
Meta é sujeita a alterações, diz secretário
DA REPORTAGEM LOCAL
O secretario de Comunicação do Estado de São Paulo, Luiz Salgado, afirmou
que a administração Covas/
Alckmin realizou "o maior
conjunto de obras e serviços
que o Estado já viu, em toda
a sua história".
A razão principal para o
não-cumprimento das metas está ligada, segundo ele,
às circunstâncias, à disponibilidade de recursos e às demandas da população.
"Afinal, é para isso que
existe governo. Caso contrário, bastaria colocar o plano
em um computador e esperar que tudo se realizasse como o previsto", afirmou Salgado em carta enviada à Folha, na sexta-feira.
Em defesa do governo, o
secretário afirmou que "jornalistas sabem o quanto metas de planejamento são sujeitas a alterações".
"Se os planos de uma edição mudam em questão de
horas, o que dizer das metas
estabelecidas para um mandato de quatro anos, sujeito
a crises nacionais ou internacionais, quedas de receitas, além de entraves judiciais e burocráticos que surgem a todo momento?",
contestou Salgado.
Na avaliação do secretário,
as crises externas neste segundo mandato do PSDB
(1999-2002) tiveram grande
participação na queda de investimentos no Estado e na
retração da economia.
Apesar disso, mostrou números da Fundação Seade
que apontam investimentos
privados de US$ 74,5 bilhões
entre 1999 e 2002.
O secretário citou também
a melhora no comércio exterior do Estado. Segundo Salgado, houve crescimento
das exportações de US$ 18
bilhões, em 1998, para US$
20,6 bilhões, em 2001, e a diminuição das importações
de US$ 27,9 bilhões para US$
24,8 bilhões no período.
A principal fonte de receita
de São Paulo é o ICMS (Imposto sobre Circulação de
Mercadorias e Serviços), cujo desempenho está atrelado
ao nível de atividade econômica: se há recessão, a arrecadação do imposto cai; se a
economia vai bem, aumenta
a receita do ICMS.
O governo argumenta
também que o Estado sofreu
com as altas taxas de juros
mantidas no período.
Salgado citou outras ações
do governo, como o combate ao analfabetismo. Segundo ele, 99,7% das crianças
que têm entre sete e 14 anos
estão na escola. E disse que
programas que não constavam do plano de governo de
98 "foram implementados
com grande êxito".
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