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DATAFOLHA
Percentual de ótimo/bom sobe de 27% para 31%, mesmo índice obtido em fevereiro; nota média estaciona em 5,3
FHC repete melhor avaliação do 2º mandato
DA REPORTAGEM LOCAL
O percentual de eleitores que
avaliam como ótimo ou bom o
governo Fernando Henrique Cardoso subiu de 27% para 31%, revela pesquisa Datafolha. Essa foi a
única variação além da margem
de erro (dois pontos para mais ou
menos) na avaliação presidencial.
A maioria dos eleitores aponta a
administração FHC como regular
-40%, oscilação negativa de um
ponto percentual-, e 28% o classificam como ruim ou péssimo
-outra oscilação negativa de um
ponto percentual. A nota média
dos entrevistados a FHC está estacionada em 5,3.
As mudanças nas regras dos
fundos de investimento -aplicação bancária preferencial das classes média e alta- não afetaram a
popularidade do presidente.
Entre os que recebem mais de
R$ 2.000, a taxa de ótimo/bom de
FHC subiu cinco pontos, e a de
ruim/péssimo caiu seis. Entre os
eleitores que recebem menos de
R$ 1.000, o índice de ótimo/bom
também aumentou cinco pontos,
e o ruim/péssimo recuou cinco.
O percentual de 31% de ótimo/
bom é o melhor de FHC no segundo mandato, repetindo índice
que havia obtido em fevereiro
deste ano. Mas, durante o primeiro mandato, em 19 levantamentos
do Datafolha, somente em três
deles o presidente esteve nesse patamar, o mais baixo daquele período. O recorde do presidente foi
a aprovação de 47% dos entrevistados em dezembro de 1996.
O desempenho de FHC é pior
avaliado no Sudeste, onde sua taxa de ótimo/bom é cinco pontos
menor que a média, e a de ruim/
péssimo, quatro pontos maior. O
Nordeste é quem mais bem avalia
FHC, com 36% de ótimo/bom e
26% de ruim/péssimo.
FHC e as eleições
A campanha do pré-candidato
tucano, José Serra, colocou como
uma das suas metas de marketing
"colar" sua candidatura à imagem
de FHC, na tentativa de aproximar a intenção de votos do senador (21%) do percentual daqueles
que avaliam como ótimo/bom
(31%) o desempenho do presidente.
Do universo de 40% que afirmam que o governo é regular,
59% dizem que o desempenho do
presidente é mais negativo do que
positivo, e 34%, mais positivo do
que negativo. Assim, pode-se inferir que seis em cada dez desses
eleitores tendem a antipatizar
com o presidente, o que poderia
reduzir o campo de crescimento
do seu candidato.
Serra volta a estar na frente entre os eleitores que avaliam como
ótima/boa a administração de
Fernando Henrique Cardoso, o
que não acontecia em maio. Cresceu nove pontos e atingiu 37%.
Luiz Inácio Lula da Silva (PT) perdeu seis pontos e está com 27%,
seguido de Ciro Gomes (PPS)
com 13% e Anthony Garotinho
(PSB) com 12%.
Lula consegue 52% dos votos do
que acham o governo ruim/péssimo e 41% dos que o avaliam como
regular. Serra obtém 10% dos votos dos que avaliam negativamente FHC e 18% dos que o classificam como regular.
Apoio presidencial
Segundo o Datafolha, 50% dos
eleitores reconhecem que FHC
apóia Serra, e 35% afirmam não
saber quem é o candidato do presidente. A maioria dos entrevistados (47%) diz, no entanto, ser indiferente o apoio do presidente
em relação a seu voto. Dos ouvidos, 31% dizem que podem não
votar em um candidato, caso este
seja o escolhido do presidente, e
16% estão dispostos a optar por
um nome defendido por FHC.
Na pesquisa da eleição presidencial espontânea, naquela em
que não é apresentada lista com
os concorrentes, FHC é citado por
1% dos eleitores como o preferido
para um terceiro mandato, o que
a Constituição não permite.
Questionados sobre qual candidato poderia fazer um governo
melhor do que o de FHC, os entrevistados apontam Lula com
45%, Garotinho com 32%, Ciro
com 30% e Serra com 28%. Sobre
quem poderia fazer um governo
pior do que o do presidente, 28%
dizem Lula, 24%, Garotinho,
20%, Ciro e 17%, Serra.
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