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Procuradoria e OAB tentam afastar Arruda
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Duas medidas foram tomadas ontem para tentar
afastar do cargo o governador do Distrito Federal,
José Roberto Arruda (sem
partido), acusado pela Polícia Federal de chefiar o
mensalão do DEM.
A Procuradoria Eleitoral do DF entrou com ação
para que o governador e o
deputado Leonardo Prudente (sem partido), ex-presidente da Câmara do
DF, filmado colocando dinheiro nas meias, percam
os seus mandatos.
No mesmo dia, a OAB
(Ordem dos Advogados do
Brasil) pediu que a Procuradoria-Geral da República peça a prisão preventiva
ou o afastamento do governador. A OAB afirma
que a permanência de Arruda no governo prejudica
as investigações.
Na Justiça Eleitoral, o
julgamento da cassação
dos mandatos de Arruda e
Prudente deverá ocorrer
em até 60 dias. Caso Arruda perca a ação, ele terá de
recorrer fora do cargo.
As ações foram baseadas
nas regras da chamada
"infidelidade partidária".
Arruda e Prudente deixaram o DEM antes da expulsão. A legislação prevê
que o mandato é do partido, e como o DEM não reivindicou a vaga, a Procuradoria entrou com a ação.
Arruda deixou o partido
na véspera da reunião da
executiva que iria analisar
sua expulsão, em dezembro do ano passado.
Segundo sua assessoria,
Arruda foi perseguido pelo
partido. "O governador
deixou o partido em razão
da existência de um processo de expulsão em rito
sumário", diz a nota.
A ação pela cassação de
Arruda foi apresentada no
mesmo dia em que a Câmara do DF, controlada
pelo governador, adiou a
eleição do presidente da
CPI instalada para investigar o mensalão distrital.
Dos 5 membros da CPI,
apenas 1 deputado é da
oposição e uma vaga está
disponível.
(FC e LF)
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