São Paulo, quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

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Procuradoria e OAB tentam afastar Arruda

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Duas medidas foram tomadas ontem para tentar afastar do cargo o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (sem partido), acusado pela Polícia Federal de chefiar o mensalão do DEM.
A Procuradoria Eleitoral do DF entrou com ação para que o governador e o deputado Leonardo Prudente (sem partido), ex-presidente da Câmara do DF, filmado colocando dinheiro nas meias, percam os seus mandatos.
No mesmo dia, a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) pediu que a Procuradoria-Geral da República peça a prisão preventiva ou o afastamento do governador. A OAB afirma que a permanência de Arruda no governo prejudica as investigações.
Na Justiça Eleitoral, o julgamento da cassação dos mandatos de Arruda e Prudente deverá ocorrer em até 60 dias. Caso Arruda perca a ação, ele terá de recorrer fora do cargo.
As ações foram baseadas nas regras da chamada "infidelidade partidária". Arruda e Prudente deixaram o DEM antes da expulsão. A legislação prevê que o mandato é do partido, e como o DEM não reivindicou a vaga, a Procuradoria entrou com a ação.
Arruda deixou o partido na véspera da reunião da executiva que iria analisar sua expulsão, em dezembro do ano passado.
Segundo sua assessoria, Arruda foi perseguido pelo partido. "O governador deixou o partido em razão da existência de um processo de expulsão em rito sumário", diz a nota.
A ação pela cassação de Arruda foi apresentada no mesmo dia em que a Câmara do DF, controlada pelo governador, adiou a eleição do presidente da CPI instalada para investigar o mensalão distrital.
Dos 5 membros da CPI, apenas 1 deputado é da oposição e uma vaga está disponível. (FC e LF)


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