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Relatório do STF aponta possível escuta no tribunal
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Relatório da Secretaria de
Segurança do STF, publicado
pela revista "Veja" desta semana, diz que o gabinete do presidente da Corte, Gilmar Mendes, foi alvo de "um possível
monitoramento [escuta ilegal]
que pode ter ocorrido nas proximidades do edifício sede". O
Supremo informou ontem que
adotou "medidas necessárias"
para evitar escutas.
O relatório diz que, em 10 de
julho, numa varredura de rotina, foi detectada suspeita de
um grampo, que, mesmo instalado fora do prédio, seria capaz
de captar conversas no gabinete do assessor-chefe da presidência do STF, sala que, diz a
revista, é usada pelo ministro
para reuniões. Em 11 de julho, o
Painel informou que Mendes
foi avisado por uma desembargadora de que a PF monitorou
seu gabinete. A varredura ocorreu um dia após o presidente do
STF mandar soltar Daniel Dantas, preso em 8 de julho.
Segundo o relatório, "na sala
321, do assessor-chefe da presidência, foi encontrado um sinal
[...], com intensidade forte, fazendo o equipamento [de varredura] registrar o alerta máximo de uma provável escuta".
Ontem, o ministro Tarso
Genro (Justiça) afirmou que a
PF "está à disposição" para
apurar eventuais escutas ilegais de conversas de Mendes
(leia texto à pág. A14).
A "Veja" diz ainda que no Palácio do Planalto há a suspeita
de que o chefe-de-gabinete da
Presidência, Gilberto Carvalho,
tenha sido espionado ilegalmente na Satiagraha.
Na mesma reportagem, informa que um assessor do Planalto viu transcrições de conversas de Carvalho e, a partir da
análise do material, teria ficado
claro que o conteúdo das conversas não tinha relação com o
foco da investigação.
O pacote de transcrições foi
enviado anonimamente ao Planalto, diz a "Veja". Procurada, a
assessoria afirmou que o Planalto não ia comentar a reportagem, nem confirmar a existência ou não da suspeita.
Grampos da PF mostraram
conversas de Carvalho com o
advogado Luiz Eduardo Greenhalgh, contratado por Dantas.
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