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PF e GSI culpam Protógenes por escuta telefônica
MARIA CLARA CABRAL
ALAN GRIPP
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Em reunião secreta no Congresso, integrantes das cúpulas
da Polícia Federal e do GSI (Gabinete de Segurança Institucional) deixaram claro que a principal hipótese da investigação
sobre os grampos clandestinos
em telefones de autoridades
aponta para a equipe do delegado Protógenes Queiroz.
Segundo relatos de deputados e senadores presentes à
sessão da Comissão de Controle das Atividades de Inteligência do Congresso, a PF deu detalhes sobre a participação do
agente aposentado do SNI
(Serviço Nacional de Informações) Francisco Ambrósio do
Nascimento nas investigações
da Operação Satiagraha, chefiada por Queiroz. Ambrósio não
tem vínculo formal com a PF
nem com a Abin.
Na reunião, o ex-agente do
SNI foi chamado por congressistas que atuam na área de segurança pública de "grampeiro
profissional" e "araponga". Foram ouvidos o diretor-geral da
PF, Luiz Fernando Corrêa, o diretor afastado da Abin, Paulo
Lacerda, e o ministro-chefe do
GSI, Jorge Felix, responsável
hierárquico pela Abin.
Corrêa levou ao Congresso
uma maleta de interceptação
telefônica pertencente à PF,
mas não chegou a mostrá-la aos
congressistas. O aparelho, que
dispensa a ajuda de operadoras
de telefonia, vinha sendo usado
sem o ciência do Ministério Público, que abriu inquérito para
apurar possíveis abusos.
A reunião foi marcada por
desentendimentos entre congressistas e depoentes.
O ministro Nelson Jobim
(Defesa), que falaria hoje à CPI
dos Grampos, teve o depoimento adiado. Ontem ele avisou à
comissão que não compareceria devido a uma crise alérgica.
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