|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
VIOLÊNCIA
Tortura Nunca Mais demite e corta despesas
DA SUCURSAL DO RIO
Condenado de modo definitivo por calúnia, injúria e difamação, pela acusação de tortura contra
quatro policiais federais, o
Grupo Tortura Nunca
Mais decidiu diminuir seu
programa de assistência a
vítimas da violência, afastar funcionários e suspender a veiculação do jornal
quadrimestral que publicava desde 1986.
A situação financeira da
entidade, criada em 1985
para denunciar a prática
de tortura pelos governos
militares (1964-1985) é dificílima, disse à Folha a
presidente do grupo, Cecília Coimbra. Já paga, a indenização aos profissionais da Polícia Federal somou R$ 47 mil.
O delegado Roberto Prel
Júnior e os agentes Luiz
Oswaldo Vargas de Aguiar,
Luiz Amado Machado e
Anízio Pereira dos Santos
foram acusados pelo petroleiro Carlos Abel Dutra
Garcia de tê-lo torturado e
ao amigo Rosalvo Teixeira
da Silva na sede da PF no
Rio, em 20 de agosto de
1996. Os dois eram acusados de ter cometido furto
em propriedade de Prel
Júnior na zona oeste. A
suspeita policial nunca se
confirmou.
Foi instaurada ação penal na 13ª Vara Federal
contra sete policiais indiciados pelo Ministério Público pela suposta tortura.
O TRF (Tribunal Regional
Federal) trancou a ação,
sob a justificativa de que o
Ministério Público extrapolara sua competência ao
investigar o caso. Ameaçado, Dutra Garcia deixou o
Rio com a família.
O Tortura Nunca Mais
denunciou o caso à ONU
(Organização Nações Unidas), que o tornou público.
Texto Anterior: Lacerda discute com senador durante sessão Próximo Texto: Frase Índice
|