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PESQUISA DATAFOLHA
Mas para a maioria dos eleitores, aparição do presidente e do governador não influi na decisão sobre candidato à prefeitura
Apoio de Alckmin dá mais votos que o de Lula entre paulistanos
DA REPORTAGEM LOCAL
No campo dos apoios, o cenário
eleitoral em São Paulo inverte a
lógica federativa: o governador é
mais importante que o presidente. Enquanto Luiz Inácio Lula da
Silva (PT) poderia levar 11% dos
eleitores a apoiar seu candidato,
Geraldo Alckmin (PSDB) tem
uma influência positiva sobre
20% dos paulistanos.
A disputa entre os "padrinhos"
dominou a reta final do primeiro
turno. Em seus discursos, Marta
sempre repetia que a parceria
com o governo federal, do PT, seria muito benéfica para a cidade.
Além disso, com a economia em
recuperação, a avaliação do governo federal tende a melhorar.
Serra, por sua vez, tentava explorar ao máximo a imagem positiva do governo Alckmin.
Em alguns momentos, houve
exageros, ao menos na avaliação
da Justiça. Anteontem, o Tribunal
Regional Eleitoral de São Paulo
decidiu multar Lula em R$ 50 mil
por ter pedido votos para Marta
durante a inauguração de uma
obra pública, a extensão da Radial
Leste. A Presidência recorreu.
Apesar da disputa pela exposição máxima de seus apoios políticos, tanto o governador de São
Paulo quanto o presidente da República também tiram votos dos
dois candidatos.
Quando Lula declara apoio,
20% dos eleitores falam que esse
gesto os levaria a não votar no
candidato. No caso de Alckmin,
são 14% que pensam dessa mesma maneira.
Quando a medição sobre influência do apoio dos dois foi realizada antes do primeiro turno,
25% diziam que o apoio do governador era benéfico e 16% viam assim a aparição do presidente.
Como antes a disputa direta entre Marta e Serra era apenas hipotética e agora é real, não é recomendável comparar esses dados,
de acordo com o diretor do Datafolha, Mauro Paulino.
Indiferença da maioria
Apesar dos efeitos positivos e
negativos dos apoios de Lula e de
Alckmin, o fato é que para a maioria dos eleitores a sua participação
é indiferente.
No caso do presidente da República, 68% afirmam que tanto faz
Lula entrar ou não na campanha.
Com Alckmin, 64% também
vêem como indiferente a sua participação na disputa.
"Isso mostra que os apoios são
quase coadjuvantes nesta eleição.
O eleitor está avaliando mesmo
são os candidatos", afirma o diretor do Datafolha.
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