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CURITIBA
Candidato que obteve 20,04% dos votos na capital, Rubens Bueno recebe telefonemas de Dirceu e FHC; anúncios de apoio saem na quarta
Caciques tucanos e petistas assediam PPS e PL
MARI TORTATO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA
Depois de São Paulo, Curitiba é
a capital que mais deve concentrar a atenção dos caciques petistas e tucanos no segundo turno.
Os derrotados no 1º turno sofrem
o assédio de cabos eleitorais nacionais de Ângelo Vanhoni (PT) e
Beto Richa (PSDB), mas prometem manter o suspense até quarta-feira, quando o PPS e o PL
anunciam que lado vão seguir.
O assédio cresce à medida que o
suspense se arrasta. O ex-diretor
de Administração da Itaipu Rubens Bueno (PPS) -que virou a
"noiva" do 2º turno ao fazer
20,04%- é o mais procurado. Richa fez 35,06% dos votos, contra
31,18% de Vanhoni.
O petista já é o candidato do
PMDB do governador Roberto
Requião (PMDB), que indicou o
vice, e Richa vem de uma aliança
de 1º turno com o PSB e PDT.
Do lado do PT, Bueno recebeu
telefonemas do ministro José Dirceu (Casa Civil) -que disse falar
em nome do presidente Lula- e
do presidente do partido, José Genoino, e na semana que passou
dividiu a mesa no Palácio Iguaçu
(sede do governo do PR) com
Márcio Thomaz Bastos (Justiça).
Os telefonemas de tucanos para
Bueno partiram do ex-presidente
Fernando Henrique Cardoso e
dos governadores Geraldo Alckmin (SP) e Aécio Neves (MG).
Os esforços podem render um
"empate", com a independência
do PPS. Na sexta, a maioria da
executiva pendia para o tucano,
mas o presidente municipal, deputado estadual Marcos Isfer, antecipava que trabalhará pelo PT.
O PPS cresceu na região metropolitana de Curitiba: elegeu quatro vereadores (tinha um) e sai de
um para cinco prefeitos nas cidades próximas. A bancada petista
encolheu em Curitiba: de seis para três vereadores. Bueno diz que
pretende seguir a maioria. Afirma: o PPS "não faz conchavos
nem discute cargos".
As conversas com Bueno começaram com o cumprimento do
adversário, governador Requião,
no domingo da eleição. Bueno dirige o PPS do Estado, é secretário-geral na executiva nacional e integra o grupo do presidente do partido, deputado Roberto Freire.
O PL também era incógnita até
ontem. O partido dirá na quarta
quem apoiará (o candidato liberal
Mauro Moraes teve 4,73% dos votos). A cúpula nacional estaria
agindo para repetir a aliança nacional. No cenário de hoje, Richa
leva vantagem sobre Vanhoni. O
PFL anunciou apoio na sexta .
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