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outro lado
Não me lembro de caso parado, diz Madruga
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O advogado Antenor
Madruga, ex-diretor do
DRCI, disse que não se
lembra de nenhum processo no órgão envolvendo
o Opportunity e que estranha a informação de que
alguma denúncia tenha sido engavetada. "Não me
lembro de um caso que tenha ficado parado. Às vezes, o que acontecia é que
os países demoravam a
responder, mas parado?"
Servidor concursado da
AGU (Advocacia Geral da
União) cedido ao Ministério da Justiça, Madruga
disse ter pedido exoneração após se afastar do
DRCI. Ele afirma que não
defendeu o Opportunity.
"Eu não me lembro de ter
atuado em nenhuma causa, não tenho nenhuma
procuração do Opportunity. Aliás, não atuei em
nenhum caso penal para
não conflitar com o que eu
fazia [no DRCI]."
Madruga também negou que tenha atuado no
processo do Opportunity
no Conselho de Recursos
do Sistema Financeiro Nacional, o Conselhinho.
Ele disse que se tornou
sócio do escritório Barbosa, Müssnich & Aragão Advogados depois de ver um
anúncio em uma revista de
economia. "Eles estavam
procurando um advogado
e mandei o meu currículo.
Depois participei de um
processo de seleção."
Madruga contou que foi
levado ao DRCI pelo ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos e defendeu o órgão. "Graças ao
DRCI o Brasil ficou conhecido como um dos países
mais eficazes em cooperação internacional. Tínhamos em 2003 praticamente zero inquérito sobre lavagem de dinheiro." Ele
afirmou que nunca houve
ingerência política em seu
trabalho. E disse estranhar a abertura de sindicância. "Não sei o que o
motiva, não sei se é algum
tipo de retaliação."
A Folha procurou Francisco Müssnich, mas sua
assessoria disse que ele
não iria se pronunciar.
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