São Paulo, domingo, 13 de julho de 2008

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

outro lado

Não me lembro de caso parado, diz Madruga

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O advogado Antenor Madruga, ex-diretor do DRCI, disse que não se lembra de nenhum processo no órgão envolvendo o Opportunity e que estranha a informação de que alguma denúncia tenha sido engavetada. "Não me lembro de um caso que tenha ficado parado. Às vezes, o que acontecia é que os países demoravam a responder, mas parado?"
Servidor concursado da AGU (Advocacia Geral da União) cedido ao Ministério da Justiça, Madruga disse ter pedido exoneração após se afastar do DRCI. Ele afirma que não defendeu o Opportunity. "Eu não me lembro de ter atuado em nenhuma causa, não tenho nenhuma procuração do Opportunity. Aliás, não atuei em nenhum caso penal para não conflitar com o que eu fazia [no DRCI]."
Madruga também negou que tenha atuado no processo do Opportunity no Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional, o Conselhinho.
Ele disse que se tornou sócio do escritório Barbosa, Müssnich & Aragão Advogados depois de ver um anúncio em uma revista de economia. "Eles estavam procurando um advogado e mandei o meu currículo. Depois participei de um processo de seleção."
Madruga contou que foi levado ao DRCI pelo ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos e defendeu o órgão. "Graças ao DRCI o Brasil ficou conhecido como um dos países mais eficazes em cooperação internacional. Tínhamos em 2003 praticamente zero inquérito sobre lavagem de dinheiro." Ele afirmou que nunca houve ingerência política em seu trabalho. E disse estranhar a abertura de sindicância. "Não sei o que o motiva, não sei se é algum tipo de retaliação."
A Folha procurou Francisco Müssnich, mas sua assessoria disse que ele não iria se pronunciar.


Texto Anterior: Órgão do governo arquivou processo contra Opportunity
Próximo Texto: Janio de Freitas: Algemas ministeriais
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.