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CPI apontou Braz em tentativa de suborno em 2005
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Acusado pela Polícia Federal de oferecer propina a
um delegado que participou das investigações para
livrar Daniel Dantas e familiares do inquérito, o
ex-presidente da Brasil
Telecom Participações
Humberto Braz teve o nome envolvido em outra
tentativa de suborno em
2005. O caso surgiu na CPI
dos Correios, que apurou o
escândalo do mensalão.
Segundo a CPI, Braz estaria por trás do lobista
Eduardo Rascovisky que
ofereceu "um valor astronômico" para a juíza carioca Márcia Cunha, da 2ª
Vara Empresarial do Rio.
O objetivo era fazer com
que Cunha considerasse
válido aditivo a um acordo
de acionistas que beneficiava o grupo Opportunity
em detrimento dos fundos
de pensão, mantendo o
Opportunity no controle
da Brasil Telecom.
Na época, os fundos de
pensão haviam destituído
o Opportunity da gestão
de seus recursos e o acordo era a única forma de retomar o controle do negócio. A tentativa de suborno
não teve sucesso -a juíza
invalidou o documento e
denunciou a oferta.
Braz se entregou à PF na
segunda e foi indiciado por
corrupção ativa, entre outros crimes.
Na CPI dos Correios, o
PT chegou a pedir o indiciamento de Braz por corrupção, tráfico de influência e lavagem de dinheiro,
o que não foi acatado pelo
relator, deputado Osmar
Serraglio (PMDB-PR).
Mesmo assim, a CPI concluiu que Braz agia como
"preposto" de Dantas na
Brasil Telecom.
Braz também teve envolvimento no episódio do
"mensalão". Segundo a
CPI, ele era o responsável,
em nome de Dantas, pelas
negociações com Marcos
Valério.
(ANDREZA MATAIS e SIMONE IGLESIAS)
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