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Sertanista cogita disputa de índios
DA AGÊNCIA FOLHA, EM ESPIGÃO
D'OESTE (RO)
O sertanista Apoena Meireles,
55, disse que garimpeiros podem
ter sido mortos devido a um desentendimento entre dois grupos
indígenas. Um favorável à exploração de diamantes por brancos
na área e outro contrário. Ele é um
dos indicados pela Funai para
acompanhar o caso no local.
Segundo o sertanista, os garimpeiros podem ter feito acordo
com um grupo de índios para explorar diamantes na área da reserva, desagradando a membros de
"outro clã". O grupo descontente
teria, então, matado os garimpeiros. Cerca de 150 deles tinham
montado um acampamento na
região dos cinta-larga.
"Agora não é bom falar português", disse o cacique João Cinta-Larga, conhecido como João Bravo. Estava em Cacoal (660 km de
Porto Velho) na quinta-feira, onde embarcou em um monomotor
para a terra indígena.
Na aldeia do cacique, chamada
Parque do Aripuanã, está localizado o garimpo Baixão do Laje
onde, desde agosto de 2003, os índios exploram diamantes.
João Bravo disse que no início
da semana passada prestou depoimento à Justiça Federal. "Falam que autorizei a venda de diamantes. No dia 20, tem outro depoimento. Só depois eu falo."
Não quis comentar as mortes de
garimpeiros. Disse apenas que
terminou de construir, com dinheiro do garimpo, uma mini-hidrelétrica no rio Roosevelt para
atender a aldeia.
(HC)
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