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Chinaglia ataca divulgação de "fichas sujas" de candidatos
MARIA CLARA CABRAL
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), criticou ontem a iniciativa do TSE
(Tribunal Superior Eleitoral),
que prometeu tornar públicos
os dados judiciais dos candidatos com a "ficha suja". Para Chinaglia, a publicidade pode "rebaixar a disputa" eleitoral.
Segundo ele, um candidato
pode usar isso como "arma"
contra seu concorrente.
Chinaglia afirmou ainda que
o TSE deveria agilizar a votação
de processos pendentes contra
candidatos na Justiça Eleitoral
com o objetivo de alertar os
eleitores sobre aqueles que forem efetivamente condenados.
"A sociedade talvez também
devesse ser informada sobre
processos que estão no TSE e
demoram para ser julgados. O
tribunal contribuiria ainda
mais se cada ministro não ficasse seis meses ou um ano com os
processos, mas julgasse em um
mês." Ele afirmou, no entanto,
que o debate sobre o assunto é
"bom e deveria der ampliado".
As afirmações do deputado
foram feitas após o presidente
do tribunal, ministro Carlos
Ayres Britto, dizer que deve
convocar uma reunião para discutir a melhor maneira de divulgar a ficha dos candidatos. A
intenção é que isso ocorra já
para a eleição de outubro.
No Senado, foi aprovado projeto de autoria do senador Pedro Simon (PMDB-RS), que
obriga a Justiça eleitoral a divulgar, aos domingos, durante
o período de veiculação da propaganda eleitoral, os nomes
dos candidatos que sejam réus
em processos criminais ou que
respondam a representações
por quebra de decoro. O projeto precisa passar pela Câmara.
Ontem, o DEM decidiu vetar
a candidatura de filiados que
respondam a processo por improbidade administrativa ou
por crimes contra a economia
popular, a administração pública, a fé pública, o patrimônio
público, o sistema financeiro,
com decisão definitiva das instâncias ordinárias de primeiro
e segundo graus. Filiados que
respondam por crimes hediondos ou equiparados, quando
instaurado o processo penal
com recebimento de denúncia,
e os que respondam por crimes
dolosos contra a vida também
não poderão se candidatar.
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