São Paulo, quarta-feira, 18 de junho de 2008 |
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Toda Mídia NELSON DE SÁ - nelsondesa@folhasp.com.br As desculpas e as obras
Em manchetes seqüenciais nos sites e depois nos
telejornais, Lula se declarou "chocado", um general
pediu "desculpas" e, para encerrar, Nelson Jobim
afirmou que as mortes não podem "contaminar as obras", em seu passeio pelo Morro da Providência.
Quanto aos militares, fala-se em "repreensão", ponto. Enquanto a cobertura das Globos, "JN" inclusive, repisa que no morro se "desenvolve o Cimento Social, que tem por inspirador o senador Marcelo Crivella", na própria Record se evita ao máximo o candidato a prefeito do Rio, ex-bispo, sobrinho de Edir Macedo. No pouco que ecoou no exterior, o site da BBC e a Associated Press sublinharam a "suspeita" sobre os militares e os "protestos", aos gritos de "assassinos". O CÂNCER DAS MILÍCIAS
No exterior, por agências e com atenção especial de Alexei Barrionuevo, correspondente do "New York Times", o que mais repercute é que o policial acusado de "torturar quatro pessoas, inclusive jornalistas", se entregou na segunda. Além de negar a tortura, ele também afirmou que não é o "líder da milícia" na Favela do Batan. O "NYT", desde a sexta-feira, quando publicou longa reportagem, voltou a tratar com aparente prioridade o crescimento das milícias no Rio -sublinhando ser um "câncer" vinculado "não apenas a policiais, mas a políticos". E que não se limita ao Brasil. O MAPA
No título do site do Tribunal Regional Eleitoral, em São Paulo, "Marta Suplicy, Folha e Editora Abril são multadas por propaganda antecipada". Ecoou por sites de mídia e demais. E logo entrou para o mapa "Censura eleitoral", que o Centro Knight para o Jornalismo das Américas, dos EUA, criou em abril no Google Maps para acompanhar as seguidas decisões da Justiça Eleitoral. De Santa Catarina à Paraíba, da imprensa ao rádio, já são nove casos. Além do mapa, o centro mantido pela Universidade do Texas criou um blog em português, Jornalismo nas Américas. A CAPA
A RESOLUÇÃO 22.718 Os primeiros sinais de alerta saíram em março, em blogs como o de Sergio Amadeu, avisando que a Justiça Eleitoral "quer controlar a campanha na internet". Era a resolução 22.718, em que "o TSE legisla sobre como deve ser a campanha no cyberespaço transnacional". Desde então, Amadeu detalha o processo "kafkiano" que levou à decisão e o que resultou dela, com veto a blog e até Orkut. Consultados dias atrás, os ministros até concordaram que não é possível controlar a web. Mas nada de alterar a resolução, que se estende sobre o YouTube e proíbe, entre outras coisas, o uso de internet 48 horas antes da votação. Leia as colunas anteriores @ - Nelson de Sá Texto Anterior: Mato Grosso usa dados do Inpe para fazer propaganda Próximo Texto: Evento Folha: Carlos Minc será sabatinado na próxima segunda-feira Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |