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Em gravação, Protógenes
pediu reforços
RUBENS VALENTE
DA REPORTAGEM LOCAL
A gravação de uma conversa telefônica entre o coordenador da Operação Satiagraha, Protógenes Queiroz, e o diretor de combate a crimes
financeiros da Polícia Federal, em Brasília, Paulo de
Tarso Teixeira, revela a cobrança por mais policiais para fazer a análise do material
apreendido na ação. A Folha
apurou que o reforço pedido
não chegou a São Paulo.
O telefonema, de oito minutos, ocorreu um dia após o
início da operação e sete dias
antes da reunião de segunda-feira, na qual foi definida a
saída de Queiroz e de outros
dois delegados do caso.
A gravação começa com a
notícia, dada por Teixeira, de
que uma reunião marcada
em Brasília para discussão
da operação fora suspensa
por ordem do "DG", referência ao diretor-geral da PF,
Luiz Fernando Corrêa.
Logo a conversa derivou
para a falta de pessoal, apontada por Queiroz: "No Rio tá
pendente ainda a diligência
lá. E tá pendente aqui no escritório de Naji Nahas, sendo
que em SP só estou com três
policiais para dar continuidade a todas as pendências".
Teixeira manda Queiroz enviar o pedido por fax.
Queiroz também perguntou sobre as ameaças de que
seria aberto um procedimento administrativo contra ele por suposto privilégio
de uma equipe de TV. Teixeira confirmou que Corrêa
pedira providências e acrescentou: "O ministro da Justiça [Tarso Genro], segundo
também o que depois me
passaram, (...) já encaminhou um procedimento solicitando informações da PF,
porque ele foi questionado
sobre aquelas filmagens (...)
o "DG" adiantou que essa situação aí vai ser apurada".
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