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outro lado
Congressistas negam ligação com esquema
MARIA CLARA CABRAL
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
João Magalhães
(PMDB-MG) e Ademir
Camilo (PDT-MG), os dois
deputados que tiveram
seus gabinetes vasculhados ontem, negaram qualquer tipo de participação
no suposto esquema de
fraude em licitações investigado pela Polícia Federal. Eles disseram que apenas cumprem seus papéis
como deputados federais,
trabalhando para liberar
verbas para municípios
mineiros.
Magalhães também foi
citado nas investigações
da máfia dos sanguessugas. Devido ao término da
legislatura, ele não chegou
a ser julgado e a representação acabou arquivada.
Sobre a Operação João
de Barro, os congressistas
disseram que não tiveram
nenhuma atuação na escolha da destino dos recursos do PAC. Magalhães
disse que a maioria das cidades onde foi mais votado nem foi contemplada
pelos investimentos.
Camilo afirmou que,
embora sua cidade, Teófilo Otoni, e Vespasiano, outro reduto eleitoral, tenham sido beneficiadas,
contratos para as obras
ainda não foram firmados.
"Não tenho nenhuma ligação com as pessoas citadas
[na operação]... Tudo relacionado ao PAC é decidido
lá na Casa Civil. Eu não tenho nem chance de chegar
lá", afirmou Camilo, que
responde, no STF, a uma
ação penal por falsificação
de documento público. Ele
se diz vítima de perseguição política local.
O Ministério das Cidades informou que foram
exonerados dois servidores envolvidos no esquema investigado pela Operação João de Barro e se
eximiu de responsabilidade pelas fraudes apontadas nas obras do PAC.
No fim da tarde de ontem, o telefone da Etenge
não foi atendido.
A reportagem localizou
na lista telefônica quatro
empresas com o nome
Global Engenharia. No
início da noite, três telefones não atendiam.
Colaborou a Agência Folha, em Belo Horizonte
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