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Operação da Polícia Federal prende doze suspeitos de fraudar licitações na Paraíba
CÍNTIA ACAYABA
DA AGÊNCIA FOLHA
A Polícia Federal prendeu
ontem, na Paraíba, 12 pessoas
suspeitas de integrarem uma
organização criminosa que supostamente fraudou licitações
em pelo menos 40 municípios
do Estado.
As investigações da Operação
I-Licitação começaram em
2004. A PF identificou a constituição de empresas que, na
maioria dos casos, participavam de licitações para a execução de obras municipais.
De acordo com o superintendente da PF no Estado, Cláudio
Gomes, o grupo, sediado em
Campina Grande (130 km de
João Pessoa), criava empresas
fictícias para fraudar licitações
e sonegar impostos. Ao menos
dez empresas foram criadas
desde 2004.
"No modelo de licitação carta-convite, em que não é feita a
convocação e divulgação, por
exemplo, eles criavam duas
empresas fictícias para concorrerem com uma verdadeira,
que se beneficiava", disse.
Segundo Gomes, também
houve casos em que uma empresa fictícia venceu uma licitação e terceirizou seus serviços, dando um percentual do
contrato para a outra empresa.
O superintendente disse que
a PF vai investigar uma possível participação de prefeitos e
gestores públicos nas fraudes.
"Vamos abrir um inquérito para cada suposta licitação fraudulenta e identificar os envolvidos", afirmou.
A PF constatou que seis empresas envolvidas no esquema
movimentaram R$ 33 milhões
de 2004 a 2007, sem apresentar declaração de renda compatível com o ganho.
Segundo a Polícia, os presos
não foram detidos com algemas. Eles devem ser indiciados
por formação de quadrilha, falsidade ideológica, falso reconhecimento de firma e certidão, entre outros crimes.
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