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Com Serra e sem bancada, PSDB lança Alckmin em SP
Candidatura é oficializada em convenção que reuniu 2 dos 12 vereadores tucanos
Alckmin diz "obrigado" a
Serra e promete apoio ao
governador na eleição de
2010; ele obteve 1.037 dos
1.164 votos dados ontem
CATIA SEABRA
JOSÉ ALBERTO BOMBIG
FERNANDO BARROS DE MELLO
DA REPORTAGEM LOCAL
Ao lado do governador José
Serra (PSDB), mas sem a presença de 10 dos 12 vereadores
do PSDB paulistano, o médico
Geraldo Alckmin, 55, foi oficializado ontem, em convenção
realizada na Assembléia Legislativa do Estado, candidato tucano a prefeito de São Paulo.
Será a segunda vez que ele
concorrerá ao cargo, hoje ocupado por Gilberto Kassab
(DEM), que tentará a reeleição
e era vice de Serra até 2006,
quando o titular do Palácio dos
Bandeirantes deixou a prefeitura para disputar o governo.
O acordo que permitiu a
Alckmin ser apresentado como
candidato único na convenção
foi fechado na noite de anteontem, após intervenção de Serra.
Com isso, a chapa que propunha uma aliança com Kassab
desistiu de concorrer.
Em contrapartida, Alckmin
afirmou, ontem na Assembléia
Legislativa, que estará com Serra em 2010 -o governador paulista e o colega mineiro, Aécio
Neves, são os nomes "naturais"
do PSDB para a sucessão do
presidente Lula.
Segundo a assessoria de imprensa do PSDB, de um total de
1.344 convencionais, 1.164 foram às urnas, e 1.037 referendaram o nome de Alckmin -94
foram contra, 20 anularam e 13
votos estavam em branco.
"Nunca há uma mesma opinião. O importante é que haja
uma só decisão. Isso foi consagrado aqui no dia de hoje. Nós
vamos apresentar como nosso
candidato para a cidade alguém
(...) que foi um grande candidato a presidente da República e
tem todas as condições de ser
um grande prefeito", disse Serra, durante seu discurso.
Os expoentes da chapa "kassabista" são historicamente ligados a Serra, como o secretário municipal de Esportes da
capital, Walter Feldman, que
ontem fez questão de participar da convenção tucana.
Ao discursar, Alckmin também elogiou Serra: "São 16 anos
de governo do PSDB em São
Paulo, agora sob as mãos firmes
e honradas do governador José
Serra", disse o candidato tucano, sendo aplaudido.
Para completar em seguida:
"Quero trazer uma palavra
muito especial ao governador
José Serra, fundador como eu
do PSDB e companheiro de
tantas e tantas jornadas. Nós
estaremos sempre juntos,
amalgamando a unidade partidária, para trabalhar".
Relógio
Serra chegou 40 minutos
após o previsto e Alckmin brincou com os jornalistas. "Nossa
divergência é de fuso horário",
disse o ex-governador.
Ao final do evento, Alckmin
abraçou Serra: "Obrigado".
Dos 12 vereadores da bancada tucana, apenas 2 foram à
convenção. Tião Farias, apoiador de Alckmin desde o começo, e José Rolim, que, apesar de
assinar a chapa pró-kassab, ficou ao lado do ex-governador.
Em discurso, Serra defendeu
a bancada. "Queria saudar a todos os nossos vereadores, os
que estão e os que não estão
aqui, mas que vão estar na luta
para que São Paulo não sofra
um retrocesso."
A importância dos vereadores é ressaltada por tucanos, já
que eles têm capilaridade na cidade e podem trazer votos para
o candidato à prefeitura.
Na noite de sábado, por
exemplo, após a decisão de retirar a chapa pró-Kassab, o grupo
de vereadores diz que cancelou
182 ônibus alugados. A expectativa era de levar 9.000 militantes ligados a eles para a convenção de ontem.
Em entrevista coletiva, o
próprio Alckmin reconheceu a
importância dos parlamentares e disse que não haverá retaliação aos vereadores.
"Eles todos contarão comigo,
vou trabalhar por todos eles. E
a nossa bancada vai crescer",
disse Alckmin. "Sou muito
identificado com o 45 e podemos fazer crescer muito o voto
de legenda", completou.
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