São Paulo, quarta-feira, 23 de julho de 2008

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Candidata vai escoltada à Rocinha por temer tráfico e é hostilizada por eleitores

SÉRGIO RANGEL
DA SUCURSAL DO RIO

Com escolta da Justiça Eleitoral e de policiais militares, a candidata a vereadora Ingrid Gerolich (PT), 24, fez ontem à tarde campanha na Rocinha e foi hostilizada por moradores. Na semana passada, a ex-assessora da ex-ministra e ex-senadora Benedita da Silva havia pedido proteção à Secretaria de Segurança Pública do Rio para ir ao morro. Ao menos quatro policiais foram destacados para proteger a candidata, que abriu mão dos militares na entrada da favela.
"O poder paralelo não pode decidir seus candidatos", disse a estudante de ciências sociais. Ela contou que um aliado, que mora na Rocinha, a aconselhou a não entrar sem segurança.
""Vocês só aparecem aqui de quatro em quatro anos. Tô cheio. Temos que ter nossos candidatos", disse Amadeu Rabello, 61, ao receber panfleto da candidata.
""Mesmo sem nunca ter entrado na Rocinha, ela acabou discriminando toda a comunidade", disse Luiz Cláudio de Oliveira, presidente da Associação de Moradores da Rua 1 e candidato a vereador pelo PSDC. Conhecido como Claudinho da Academia, ele discutiu com Ingrid antes da panfletagem.
O Tribunal Regional Eleitoral, três delegacias especializadas e a PF investigam a interferência do tráfico na campanha na Rocinha. Claudinho é suspeito de ter o apoio do tráfico, o que nega.
Ingrid, que mora na zona norte, teve parte do material apreendido por desrespeitar a legislação. Ela deve ser notificada nos próximos dias.


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