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Candidata vai escoltada à Rocinha por temer tráfico e é hostilizada por eleitores
SÉRGIO RANGEL
DA SUCURSAL DO RIO
Com escolta da Justiça
Eleitoral e de policiais militares, a candidata a vereadora Ingrid Gerolich (PT), 24,
fez ontem à tarde campanha
na Rocinha e foi hostilizada
por moradores. Na semana
passada, a ex-assessora da
ex-ministra e ex-senadora
Benedita da Silva havia pedido proteção à Secretaria de
Segurança Pública do Rio
para ir ao morro. Ao menos
quatro policiais foram destacados para proteger a candidata, que abriu mão dos militares na entrada da favela.
"O poder paralelo não pode decidir seus candidatos",
disse a estudante de ciências
sociais. Ela contou que um
aliado, que mora na Rocinha,
a aconselhou a não entrar
sem segurança.
""Vocês só aparecem aqui
de quatro em quatro anos.
Tô cheio. Temos que ter nossos candidatos", disse Amadeu Rabello, 61, ao receber
panfleto da candidata.
""Mesmo sem nunca ter
entrado na Rocinha, ela acabou discriminando toda a
comunidade", disse Luiz
Cláudio de Oliveira, presidente da Associação de Moradores da Rua 1 e candidato
a vereador pelo PSDC. Conhecido como Claudinho da
Academia, ele discutiu com
Ingrid antes da panfletagem.
O Tribunal Regional Eleitoral, três delegacias especializadas e a PF investigam
a interferência do tráfico na
campanha na Rocinha. Claudinho é suspeito de ter o
apoio do tráfico, o que nega.
Ingrid, que mora na zona
norte, teve parte do material
apreendido por desrespeitar
a legislação. Ela deve ser notificada nos próximos dias.
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