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Yeda culpa antecessores por crise política
Governadora afirma que problemas de corrupção no Detran-RS existiam antes de ela assumir, em 2007
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Há oito meses enfrentando
uma crise política gerada pelo
desvio de verbas do Detran e
suposto caixa dois eleitoral, a
governadora do Rio Grande do
Sul, Yeda Crusius (PSDB), responsabilizou ontem governos
anteriores pelos problemas de
corrupção no Estado.
Segundo a tucana, o Detran
foi criado em 1997, quando o
Estado era administrado por
Antônio Britto (ex-PMDB), e
desde sua criação há relatos de
desvio de recursos públicos.
"[Esses problemas de corrupção] vêm de antes. O Detran
nasceu em 1997 e já nasceu como ele é hoje. Enfrentei neste
ano uma agenda que não é minha", disse a tucana, sem citar
os que administraram o Estado
entre os anos de 1997 e 2006,
antes de ela assumir.
Depois de Britto, governaram o Rio Grande do Sul Olívio
Dutra (PT) e Germano Rigotto
(PMDB), que indicou para a
presidência do Detran Carlos
Ubiratan dos Santos, apontado
pela Polícia Federal como um
dos autores do esquema de desvio, juntamente com Lair Ferst,
empresário que era filiado ao
PSDB e que atuou há dois anos
como arrecadador informal de
fundos da campanha de Yeda
ao governo.
R$ 44 milhões
Em novembro de 2007, a Polícia Federal deflagrou uma
operação que prendeu 13 pessoas e desmontou a fraude. Inquérito da PF apontou que
houve desvio de R$ 44 milhões
da estatal em contratos superfaturados com empresas de familiares de dirigentes de PP,
PSDB, PDT e PMDB, partidos
que integram o governo da tucana. Na semana passada, os
bens das pessoas e empresas
envolvidas no esquema foram
bloqueados pela Justiça.
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