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ELEIÇÕES 2008 / SÃO PAULO
PSDB fica na prefeitura; com Kassab, Serra elogia parceria
Prefeito do DEM pede que subprefeitos atuem em sua campanha de reeleição
FERNANDO BARROS DE MELLO
JOSÉ ALBERTO BOMBIG
CATIA SEABRA
DA REPORTAGEM LOCAL
Apenas um dia após o anúncio de Geraldo Alckmin como
candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo, tucanos foram
convidados a permanecer na
administração do prefeito Gilberto Kassab (DEM). O prefeito também esteve ontem ao lado do governador José Serra.
O secretário de Coordenação
de Subprefeituras da capital,
Andrea Matarazzo, comandou
pela manhã reunião só com
subprefeitos do PSDB e transmitiu o recado de Kassab.
Hoje, 21 dos 31 subprefeitos
são da cota do partido. A reunião contou com pelo menos 18
deles, segundo a Folha apurou.
Matarazzo levou um pedido
de Kassab para que os colaboradores continuem na administração municipal e disse que
o trabalho da equipe é muito
bem avaliado pelo prefeito.
"A gestão da cidade está indo
muito bem e não temos por que
pensar em mexer naqueles que
tocam a administração junto à
comunidade", afirmou ele. Segundo relatos, os subprefeitos
foram avisados de que a continuidade era desejo do governador José Serra (PSDB), de
quem Kassab foi vice.
Na reunião, Kassab também
enviou um pedido para que cada um dos subprefeitos coordene a sua campanha de reeleição
nas respectivas regiões e, se isso não for possível, que indiquem nomes para a função.
Mas subprefeitos ouvidos
pela Folha disseram que Kassab pediu que a militância não
fosse feita durante o expediente. "Temos a responsabilidade
de trabalhar até 31 de dezembro", disse Geraldo Mantovani
Filho, de Santo Amaro.
Esvaziamento
No front alckmista, o ex-governador não quer ser responsabilizado pelo esvaziamento
do governo Kassab. Mas Alckmin avisou que não garantirá
espaço em eventual futuro governo para os tucanos que permanecerem na atual gestão.
O PSDB também tem 11 secretários municipais de um total de 22. Hoje, retornará ao governo Kassab o tucano Ricardo
Montoro, que reassume a Secretaria Municipal de Participação e Parceria, posto que deixou no dia 5 deste mês dizendo
que lutaria pela manutenção da
aliança com o democrata.
Montoro foi cogitado como
vice em uma possível chapa encabeçada por Kassab.
Em mais uma demonstração
de proximidade, Serra e Kassab
estiveram ontem no Palácio
dos Bandeirantes, na solenidade em que o governador anunciou investimentos de R$ 2,8
bilhões no metrô.
"Para o pessoal dos bancos
saber, a prefeitura não põe recursos no metrô desde os anos
70", discursou Serra. "Espero
que [a parceria] continue em
2009 com qualquer um que esteja na prefeitura", completou.
Após o encontro, ao ser questionado, Serra disse que Kassab
é convidado automaticamente
para todas as cerimônias que se
referem à cidade de São Paulo.
O prefeito voltou a dizer que
o PSDB continua sendo aliado e
enalteceu o trabalho de Serra.
Os vereadores que lideraram
a tese pela aliança com Kassab
dizem que são partidários e defenderão o candidato tucano.
Mas ressalvam que não deixarão de falar das "conquistas da
cidade na atual administração".
"A partir de hoje temos candidato, o dr. Geraldo Alckmin",
disse o vereador Juscelino Gadelha. "Mas esse governo que
está aí também é do PSDB."
Na avaliação do líder da bancada tucana, vereador Gilberto
Natalini, há uma "situação difícil". "Não podemos abandonar
um governo que está dando
certo. Por outro lado, temos
compromissos com o partido. É
uma situação muito difícil. E
não fomos nós que a criamos."
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