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Eleitor aprova transporte e reprova saúde
Bilhete único eleva aprovação do transporte para 24%; atendimento médico na gestão Marta é ruim para 16%
DA REPORTAGEM LOCAL
O transporte público na cidade
de São Paulo é apontado pelos
eleitores da capital como a área de
melhor desempenho da prefeita
Marta Suplicy (PT), superando
inclusive a educação, que tem um
histórico de boa avaliação na administração da petista. A área
mais criticada é a saúde.
Segundo a pesquisa Datafolha
realizada nos dias 24 e 25 com
1.083 eleitores, 24% dos entrevistados destacaram a qualidade do
transporte público na cidade. No
último levantamento, em 25 de
março, 11% dos eleitores avaliavam positivamente o transporte.
Ou seja: mais que dobrou o número de paulistanos que têm boa
impressão do transporte público.
Dos que elogiam o transporte, a
maioria mora na zona oeste
(33%), tem renda familiar igual
ou maior que dez mínimos (30%)
e curso superior (32%).
O Datafolha demonstra que para 16% o atendimento na saúde é
principal problema da cidade. Em
março, eram 9% os que não estavam satisfeitos com esse serviço.
Naquele mês, as enchentes (15%)
superaram a saúde, reflexo das
inundações daquela período.
O desempenho negativo da saúde só perde para problemas como
desemprego (22%) e segurança
(17%), que não são responsabilidade exclusiva da prefeitura. Dos
entrevistados que criticaram a
saúde, 18% têm mais de 41 anos,
21% têm curso superior, 19% ganham mais de dez salários mínimos e o mesmo percentual mora
no centro da cidade. As mulheres
que responderam que a saúde é o
principal problema de São Paulo
somam 17%, e os homens, 14%.
Paradoxalmente, o transporte
público surge logo em seguida como alvo das críticas dos paulistanos: 8% disseram que não estão
satisfeitos com o serviço.
A avaliação positiva dos transportes evidenciada nesta pesquisa
Datafolha acontece no momento
em que a prefeitura faz propaganda do bilhete único, implementado há um mês pelo governo do
PT. Quando Marta assumiu a administração, o transporte era avaliado positivamente por 3% da
população e criticado por 6%.
Em agosto de 2001, subiu para
6% os que estavam satisfeitos
com o serviço, oscilou para 5%
em dezembro daquele ano, depois dobrou o número de eleitores que gostavam do transporte e,
em março, atingiu 11%.
Na educação, caiu um pouco a
preferência do eleitor como o melhor serviço oferecido pela prefeitura. Segundo o Datafolha, 23%
elogiaram a educação nas escolas
municipais. Em março, eram 28%
e, em dezembro de 2003, 34%. O
pico de avaliação positiva da educação em 2003 foi reflexo do lançamento dos CEUs, em agosto.
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