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No Rio, PT cola propaganda de Nizan à de rival
DA SUCURSAL DO RIO
Rivais no marketing político, os
publicitários Duda Mendonça e
Nizan Guanaes levaram ao ar, no
Rio, um programa eleitoral conjunto, mas trabalharam separadamente.
Nizan -responsável pela campanha eleitoral em 2002 do tucano José Serra para a Presidência
da República, principal adversário de Lula, cliente de Duda- começou seu trabalho como marqueteiro do petista Jorge Bittar,
pré-candidato a prefeito do Rio
de Janeiro. Ele produziu 12 minutos do programa partidário estadual petista, exibido na segunda-feira retrasada, dia 14.
Duda, que tem contrato com a
direção nacional petista, gravou
cinco minutos de propaganda em
defesa do governo do presidente
Luiz Inácio Lula da Silva. A cúpula do partido determinou que todas as redes estaduais da legenda
incluam a inserção criada pelo
marqueteiro Duda Mendonça.
Descontraído
Outros três minutos do horário
do PT em cadeia estadual de TV
foram destinados a candidatos de
cidades do interior, em produção
do publicitário Lula Vieira.
O resultado foi um programa
desigual, em que os três estilos
dos publicitários se chocavam.
Nizan mostrou Bittar descontraído, de blazer, mas sem gravata,
num fundo vermelho.
O petista usou a derrota do pleito do Rio para sediar os Jogos
Olímpicos de 2012 para atacar indiretamente a administração do
prefeito Cesar Maia (PFL), que
tentará a reeleição com o apoio
dos tucanos no Estado.
Nos cinco minutos de Duda, o
publicitário mostrou imagens de
manchetes de jornais para tentar
comprovar a tese de que o país vive uma retomada do crescimento
econômico. Usou como locutor o
ator Reinaldo Gonzaga, voz símbolo da campanha eleitoral de Lula e da propaganda do governo.
Duda escolheu como apresentadores atores com sotaque paulista. Nizan utilizou uma atriz com
sotaque carioca.
O programa também exibiu
imagens de outro candidato cujo
marqueteiro será Nizan: o deputado federal Lindberg Farias, que
quer disputar a Prefeitura de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. A transferência de seu título
eleitoral do Rio para a cidade está
sendo contestada na Justiça.
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