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RIO GRANDE DO NORTE
Eleição opõe "terceira via" e tradição local
EDUARDO DE OLIVEIRA
DA AGÊNCIA FOLHA
Em contraposição à alternância
no poder do Estado por representantes do Alves e dos Maia, os dois
grupos político-familiares mais
tradicionais da política no Rio
Grande do Norte, o governo estadual poderá ter uma candidata
que se intitula "terceira via".
É o que apontava pesquisa Ibope da sexta-feira retrasada, segundo a qual Wilma de Faria (PSB),
57, tinha 61%, contra 31% de Fernando Freire (PPB), 48, candidato
do clã Alves.
Wilma já esteve bem próxima
do establishment político local
quando foi casada com Lavoisier
Maia, ex-governador do Estado
(78-82), de quem emprestou o sobrenome por 26 anos de casados.
E hoje tem o apoio do senador José Agripino Maia (PFL) para tentar se eleger.
Wilma usou como mote ao longo da campanha representar a
"terceira via" aos dois grupos políticos tradicionais e odeia que
usem o seu sobrenome antigo para se referir a ela.
A candidata pessebista, ex-prefeita de Natal -89-92, 97-2000 e
2001-2002-, afirma que, se eleita,
pretende fazer uma administração marcada pela participação
popular. Sua prioridade, como
tem anunciado na sua propaganda eleitoral, será investimentos
maciços na área social.
Já Freire foi alçado ao cargo de
governador em abril, para o qual
tenta se reeleger, depois que o titular Garibaldi Alves Filho
(PMDB) se desincompatibilizou e
se elegeu senador.
Empresário, não é considerado
um político de carreira. Ingressou
na política após a morte do pai, o
ex-senador Jessé Pinto Freire, e do
irmão, o ex-deputado federal Jessé Filho, para dar continuidade à
linhagem política da família.
Elegeu-se deputado federal em
90. Depois, compôs a chapa de
Garibaldi como vice em 94 e 98.
Caso vença a disputa, pretende
priorizar a área de geração de emprego. Tem dois programas para
jovens que ingressam no mercado
de trabalho e desempregados de
40 anos ou mais que não conseguem recolocação.
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