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OPERAÇÃO PASÁRGADA
Ex-presidente do STF depõe na polícia como testemunha
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE
Ex-presidente do STF (Supremo Tribunal Federal) e
do TSE (Tribunal Superior
Eleitoral), Carlos Mário Velloso prestou depoimento
ontem à Polícia Federal em
Belo Horizonte, como testemunha, no inquérito da Operação Pasárgada, que investiga supostos desvios de recursos do FPM (Fundo de Participação dos Municípios).
Ele foi ouvido pelo delegado Mário Alexandre Veloso
Aguiar, que coordena o inquérito, pois a PF investiga a
possibilidade de que o nome
de Velloso tenha sido citado
em uma suposta tentativa de
influenciar no julgamento do
prefeito petista de Timóteo
(MG), Geraldo Nascimento,
que havia sido cassado pela
Justiça Eleitoral mineira e
retornou ao cargo em fevereiro. O prefeito é investigado na Operação Pasárgada.
O delegado da PF não deu
nenhum detalhe sobre o motivo do depoimento do ex-ministro, embora o próprio
Velloso tenha dito que seu
nome pode ter sido citado
por lobistas que são investigados na operação. Disse que
o "tema principal" foi este.
"A história conhece episódios assim, em que juízes que
são muitas vezes referidos, e
lobistas geralmente dizem
que são amigos dos juízes.
Pode ser que isso tenha sido
ocorrido", afirmou.
Velloso negou ter tentado
influenciar o TSE em favor
do prefeito. Disse que foi
procurado pelo prefeito, levado ao seu escritório em
Brasília pelo deputado federal Virgílio Guimarães (PT-MG), para que advogasse para ele no caso. Ele disse ter
negado o serviço porque tinha que cumprir quarentena
de três anos, já que havia se
aposentado em janeiro de
2006.
(PAULO PEIXOTO)
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