São Paulo, domingo, 29 de setembro de 2002

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DATAFOLHA

O número de eleitores que definiu em quem votar para presidente subiu nove pontos percentuais desde a última pesquisa

73% se dizem totalmente decididos no voto

DA REDAÇÃO

A taxa dos eleitores que se dizem totalmente decididos quanto ao seu voto para presidente da República subiu, em 18 dias, nove pontos percentuais e está agora em 73%, revela pesquisa Datafolha feita nos dias 26 e 27.
Isso significa que, às vésperas da eleição de 6 de outubro, três de cada quatro entrevistados que citaram um candidato ou que pretendem votar em branco ou nulo afirmam estar totalmente certos de sua decisão eleitoral.
Esse grau de certeza vinha estável, em cerca de 63%, da pesquisa feita no dia 30 de julho até a realizada no dia 9 deste mês, quando 64% dos entrevistados se disseram totalmente decididos.
No levantamento dos dias 19 e 20, a taxa passou para 69% e, uma semana depois, atingiu 73% -nessa última pesquisa, 26% disseram que ainda podem mudar o voto, e 2% não souberam responder à pergunta.
A margem de erro do levantamento é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
Dos quatro principais candidatos, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está em vantagem nesse quesito, com 79% dos entrevistados que pretendem votar nele dizendo-se totalmente certos disso.
Entre os eleitores de José Serra (PSDB), a taxa é de 66%; entre os de Anthony Garotinho (PSB), de 71%; e entre os de Ciro Gomes (PPS), de 68%.
O levantamento mostra também que, em alguns segmentos, o grau de certeza no voto fica acima da média nacional: é de 77% entre os homens, de 78% entre quem tem de 45 a 59 anos, de 79% entre os eleitores com nível superior de escolaridade, de 79% entre quem tem renda familiar mensal acima de R$ 2.000, de 78% nas regiões Norte e Centro-Oeste e de 79% entre os eleitores do Rio.

2ª opção de voto
O Datafolha buscou saber qual candidato teria mais chances de receber o voto daqueles 26% que admitem mudar de idéia.
O resultado foi: 24% têm Serra como segunda opção; 21%, Lula; outros 21%, Garotinho; e 19%, Ciro. José Maria de Almeida (PSTU) é a opção de 2%, e Rui Costa Pimenta (PCO), de 1%.
Ainda há 4% que disseram que vão votar em branco ou nulo caso mudem de idéia e 8% que não souberam responder à questão.
Analisando apenas esse resultado, dado o equilíbrio na segunda opção de voto, é improvável uma mudança brusca no cenário eleitoral sem que haja um evento marcante nesses últimos dias até a votação.
Na hipótese de só Lula perder votos daqui para a frente, Serra pode ser levemente beneficiado. Dos eleitores do petista, 36% dizem ter Serra como segunda opção; 28%, Garotinho; e 22%, Ciro.

Conhecimento do número
Um fator importante neste ano é o grau de conhecimento do número do candidato, já que esta será a primeira eleição para presidente com 100% de uso de urnas eletrônicas.
Nesse quesito, na última pesquisa, 60% dos entrevistados que pretendem votar em Lula souberam dizer que "13" é o número do petista.
A taxa de respostas certas ao "45" de Serra foi de 37%, ao "40" de Garotinho, de 46%, e ao "23" de Ciro, também de 46%.
Na primeira pesquisa em que o Datafolha mediu o grau de conhecimento do número do presidenciável neste ano, feita em 15 e 16 de agosto, Lula ficou com 25%; Serra, com 6%; Garotinho, com 6%; e Ciro, com 10%.
Na média dos entrevistados, 47% acertaram o número de seu candidato. A taxa de acertos é maior entre homens (55%), entre quem tem de 16 a 24 anos (54%), entre quem tem nível superior de escolaridade (59%), na faixa de renda familiar entre R$ 1.000 e R$ 2.000 e na acima de R$ 2.000 (56% em ambas), entre os eleitores no Norte e no Centro-Oeste (52%) e no Rio de Janeiro (53%).
(RENATO FRANZINI)



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