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Aposentadorias em 2003 na UFRJ já superam 2002
DA SUCURSAL DO RIO
Nas duas maiores universidades públicas do eixo Rio-São Paulo, o efeito do debate sobre a reforma da Previdência foi diferente. Enquanto na UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro)
houve um aumento significativo
nos pedidos de aposentadoria, na
USP (Universidade de São Paulo,
estadual) os números indicam,
até o momento, um clima mais
tranquilo.
Na UFRJ, o número de aposentadorias concedidas neste ano até
sexta-feira passada era de 69.
Além disso, havia 34 pedidos de
professores sendo analisados pela
universidade.
Os números preliminares até
março já são superiores ao total
de aposentadorias no ano passado, que foi de 52. Se continuar no
mesmo ritmo, o total de aposentadorias pode ultrapassar o número verificado em 1995, quando
211 professores se aposentaram
com medo de mudanças na Previdência, na época discutidas pelo
governo do então presidente Fernando Henrique Cardoso.
Na USP, até agora, a situação é
bem menos preocupante, pelo
menos entre os professores. O número de aposentadorias dessa categoria até sexta-feira passada era
de 14. No ano passado, foram
concedidas pela universidade 59
aposentadorias, o que dá uma
média de quase cinco por mês.
Apesar de não ter havido uma
corrida às aposentadorias na
USP, o diretor de recursos humanos da universidade, Adnei Andrade, diz estar preocupado.
"Os professores estão ainda observando. Temos hoje cerca de
20% de nossos professores em
condições de se aposentarem neste ano. Nossa preocupação é que,
caso haja muitas modificações na
reforma, aconteça uma corrida
pelas aposentadorias", diz o diretor de recursos humanos.
Na sua avaliação, essa corrida
seria prejudicial à universidade
porque os professores que deixariam de dar aulas seriam mais experientes do que os que ingressariam para repor essas vagas.
O temor de uma corrida às aposentadorias na USP e na UFRJ é
explicado pelos números. As duas
universidades tiveram um aumento no número de pedidos de
aposentadorias entre 1995 e 1998,
período em que a reforma da Previdência esteve na pauta do governo FHC.
Na UFRJ, a média anual de aposentadorias de 1995 a 1998 foi de
168, contra 47 de média anual de
1999 a 2002. Na USP, essa média
foi de 159 de 1995 a 1998 e depois
caiu para 38 de 1999 a 2002.
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