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Alckmin deve se dedicar mais ao Sul e ao Sudeste para impedir crescimento do PT
DA REPORTAGEM LOCAL
Temendo um arrastão em
seu território, o PSDB desenhou uma mudança na estratégia do pré-candidato Geraldo
Alckmin à Presidência da República. Em vez da investida no
Nordeste, Alckmin deverá se
dedicar mais ao Sul e ao Sudeste -região onde conta com situação mais confortável- para
impedir a ocupação petista.
O medo dos tucanos é que, no
afã de ganhar visibilidade nacional, Alckmin deixe São Paulo desguarnecido, permitindo
que o presidente Luiz Inácio
Lula da Silva ganhe fôlego suficiente para levar a disputa pelo
Palácio dos Bandeirantes ao segundo turno.
Além disso, os tucanos se
preocupam com a performance
do candidato no Rio e Minas
Gerais. No Rio, onde, pelos números de hoje, os candidatos do
PFL e PSDB não chegariam ao
segundo turno, Alckmin ainda
busca o palanque mais sólido
para a disputa.
Em Minas, a intenção é explorar mais o capital eleitoral
do governador tucano Aécio
Neves (MG). Assim como o governador da Bahia, Paulo Souto
(PFL), Aécio será convidado a
integrar o conselho político da
campanha de Alckmin.
Cúpula
Segundo tucanos, a cúpula
partidária já se rendeu ao fato
de que Alckmin dificilmente terá um desempenho melhor no
Nordeste antes do programa
eleitoral começar, em agosto.
Por isso, o pré-candidato deverá voltar mais sua agenda para
Sul e Sudeste.
"De São Paulo para baixo, estamos na frente em vários Estados, menos Santa Catarina. O
objetivo é chegar no final de junho de São Paulo até o Rio
Grande do Sul na frente, o que é
uma posição fantástica. Daí, vamos subindo para o Centro-Oeste. Quando terminar julho,
vamos estar ganhando todo o
Centro-Oeste", idealiza o presidente nacional do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE).
A idéia é evitar visitas aos Estados onde a aliança sofre algum tipo de abalo, como é o caso de Goiás. A disposição é também investir na construção de
um discurso para o candidato, a
apresentação de bandeiras.
O ex-presidente Fernando
Henrique Cardoso é um dos
maiores críticos da falta de um
discurso político.
Um dia após participar de um
jantar com empresários em São
Paulo, Tasso e o coordenador-geral da campanha, senador
Sérgio Guerra, estiveram ontem com jornalista Luiz Gonzalez, cotado para assumir a comunicação da campanha. Antes, almoçaram com FHC.
Tanto o ex-presidente como
Tasso apostaram no melhor desempenho do candidato a partir de agora. "Acho que o pior
mês que tivemos foi o mês de
maio. Tudo contra gente foi no
mês de maio. A partir de junho,
só temos a melhorar. Se tivemos no pior, no pior, no pior do
mês, que foi maio, 22%, daí é
pra cima", disse Tasso.
FHC também manifestou
confiança em melhor desempenho após o horário eleitoral. "A
estratégia agora é o Geraldo
crescer até as eleições", afirmou o ex-presidente, apostando na "exposição mais freqüente" de Alckmin.
(CS)
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