São Paulo, segunda-feira, 30 de junho de 2008

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ELEIÇÕES 2008 / SÃO PAULO

Legado marca início de campanha em SP

Marta, Alckmin e Kassab iniciam hoje, extra-oficialmente, disputa enaltecendo suas administrações e falhas das outras gestões

Tucano deve tentar evitar críticas a democrata, já que PSDB continua na atual administração; Kassab deve buscar polarização com PT

DA REPORTAGEM LOCAL EM SÃO PAULO

Os três principais candidatos a prefeito de São Paulo iniciam extra-oficialmente hoje a campanha tendo como ponto de partida suas administrações e mirando no que crêem ser falhas nas gestões de adversários.
Marta Suplicy (PT), 30% das intenções de voto, segundo a mais recente pesquisa Datafolha, tem como slogan inicial "Uma nova atitude para São Paulo", que vem acompanhado da estratégia de tentar colar sua imagem à do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Geraldo Alckmin (PSDB), 29% no Datafolha, adotará o mote "São Paulo, na melhor direção", o que também remete ao problema do trânsito, um dos principais da capital.
O prefeito Gilberto Kassab (DEM), 15%, vai na linha de "O que é bom merece continuar".
Enquanto Alckmin tentará evitar ao máximo as críticas ao democrata, já que os tucanos continuam com cargos na atual administração, Kassab, que era vice José Serra (PSDB), deverá buscar uma polarização inicial com a candidata do PT.
"Eu vejo hoje duas candidaturas com identificação com a cidade, que são as duas candidaturas que já comandaram a capital. Temos o modo de administrar da gestão Serra/Kassab e o modo de administrar da gestão Marta", diz Guilherme Afif Domingos (DEM), que vai se licenciar do secretariado de Serra para ocupar a coordenação do plano de governo.
A campanha do prefeito ainda espera para bater o martelo em alguns nomes estratégicos. É o caso do tesoureiro. O mais cotado é Flavio Chueri, que fez a campanha de Afif ao Senado em 2006 e já trabalhou com Kassab na iniciativa privada. No caso do marqueteiro, Luiz Gonzalez e José Maria Braga ainda definem os últimos detalhes de como será a campanha.
Na campanha de Alckmin, a aposta é na baixa taxa de rejeição ao ex-governador, a menor entre os três. Apontado como o concorrente que terá menos recursos, o tucano tenta formular um discurso para combater a imagem de Kassab como parceiro de Serra e atacar Marta.
"Quando governador, Alckmin fez investimentos estratégicos para a cidade, como o Rodoanel, a calha do Tietê. Também foi o primeiro a assinar R$ 185 milhões para obras na avenida Jacu-Pêssego", diz o deputado Esdon Aparecido, coordenador da campanha.
Alckmin irá dizer que a gestão de Marta na capital (2001-2004) poderia ter feito muito mais na área do transporte, mas se preocupou apenas em criar impostos e taxas.
Os petistas fizeram uma forte pré-campanha na área de trânsito -com promessa de criação de novos corredores exclusivos de ônibus e de investimentos para ampliação do metrô- e educação, sempre com o discurso de que a gestão Serra/ Kassab desvirtuou ou cancelou programas da gestão petista.
Boa parte das 95 páginas do programa de governo da petista, divulgado ontem na convenção municipal do PT, é dedicada a criticar a atual gestão.
Para cada item da agenda política, o documento pontua os "erros" da atual administração e propõe o resgate das iniciativas de seu mandato. Na área de transporte público, Marta acusa democratas e tucanos de criarem factóides.


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