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ELEIÇÕES 2008 / SÃO PAULO
Legado marca início de campanha em SP
Marta, Alckmin e Kassab iniciam hoje, extra-oficialmente, disputa enaltecendo suas administrações e falhas das outras gestões
Tucano deve tentar evitar críticas a democrata, já que PSDB continua na atual administração; Kassab deve buscar polarização com PT
DA REPORTAGEM LOCAL
EM SÃO PAULO
Os três principais candidatos
a prefeito de São Paulo iniciam
extra-oficialmente hoje a campanha tendo como ponto de
partida suas administrações e
mirando no que crêem ser falhas nas gestões de adversários.
Marta Suplicy (PT), 30% das
intenções de voto, segundo a
mais recente pesquisa Datafolha, tem como slogan inicial
"Uma nova atitude para São
Paulo", que vem acompanhado
da estratégia de tentar colar sua
imagem à do presidente Luiz
Inácio Lula da Silva.
Geraldo Alckmin (PSDB),
29% no Datafolha, adotará o
mote "São Paulo, na melhor direção", o que também remete
ao problema do trânsito, um
dos principais da capital.
O prefeito Gilberto Kassab
(DEM), 15%, vai na linha de "O
que é bom merece continuar".
Enquanto Alckmin tentará
evitar ao máximo as críticas ao
democrata, já que os tucanos
continuam com cargos na atual
administração, Kassab, que era
vice José Serra (PSDB), deverá
buscar uma polarização inicial
com a candidata do PT.
"Eu vejo hoje duas candidaturas com identificação com a
cidade, que são as duas candidaturas que já comandaram a
capital. Temos o modo de administrar da gestão Serra/Kassab e o modo de administrar da
gestão Marta", diz Guilherme
Afif Domingos (DEM), que vai
se licenciar do secretariado de
Serra para ocupar a coordenação do plano de governo.
A campanha do prefeito ainda espera para bater o martelo
em alguns nomes estratégicos.
É o caso do tesoureiro. O mais
cotado é Flavio Chueri, que fez
a campanha de Afif ao Senado
em 2006 e já trabalhou com
Kassab na iniciativa privada.
No caso do marqueteiro, Luiz
Gonzalez e José Maria Braga
ainda definem os últimos detalhes de como será a campanha.
Na campanha de Alckmin, a
aposta é na baixa taxa de rejeição ao ex-governador, a menor
entre os três. Apontado como o
concorrente que terá menos recursos, o tucano tenta formular
um discurso para combater a
imagem de Kassab como parceiro de Serra e atacar Marta.
"Quando governador, Alckmin fez investimentos estratégicos para a cidade, como o Rodoanel, a calha do Tietê. Também foi o primeiro a assinar
R$ 185 milhões para obras na
avenida Jacu-Pêssego", diz o
deputado Esdon Aparecido,
coordenador da campanha.
Alckmin irá dizer que a gestão de Marta na capital (2001-2004) poderia ter feito muito
mais na área do transporte,
mas se preocupou apenas em
criar impostos e taxas.
Os petistas fizeram uma forte
pré-campanha na área de trânsito -com promessa de criação
de novos corredores exclusivos
de ônibus e de investimentos
para ampliação do metrô- e
educação, sempre com o discurso de que a gestão Serra/
Kassab desvirtuou ou cancelou
programas da gestão petista.
Boa parte das 95 páginas do
programa de governo da petista, divulgado ontem na convenção municipal do PT, é dedicada a criticar a atual gestão.
Para cada item da agenda política, o documento pontua os
"erros" da atual administração
e propõe o resgate das iniciativas de seu mandato. Na área de
transporte público, Marta acusa democratas e tucanos de
criarem factóides.
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